Segundo o site https://g1.globo.com/pe/pernambuco: O mais antigo dos oito pacientes-moradores do Tricentenário de Olinda, no Grande Recife, está na unidade desde 2015. Muitos não tem identificação nem memória.O Hospital Tricentenário, em Olinda, está fazendo uma campanha na internet para encontrar parentes de oito pacientes que estão internados há vários anos sem receber visitas. Muitos desses "Moradores" da unidade não têm identificação nem memória. (veja vídeo acima).
Atualmente, há 106 pessoas internadas no Tricentenário de Olinda. Os oito pacientes que passaram a morar na unidade foram transferidos do Hospital da Restauração, no Centro do Recife.
Eles passaram por procedimentos mais complexos e foram levados ao local para continuar a recuperação. No entanto, eles chegaram ao Tricentenário sem documento, sem história, sem referência.
Segundo Pamela Suellen, fisioterapeuta da unidade, a comunicação com alguns dos pacientes é difícil e muitos deles não têm muita memória da própria vida.
"Com muitos, a gente consegue conversar e, com outros, a gente não consegue, porque não têm a memória, não lembram muito o que aconteceu. Mas a gente consegue resgatar algumas coisas da memória deles, acaba criando um vínculo com eles. De manhã, quando a gente chega, muitos já olham, procurando. A gente fica com o coração apertado, querendo saber mais do que aconteceu, da história deles, para tentar contribuir com eles", afirma.Esses pacientes estão em fase de reabilitação. A maioria pode ter alta e continuar o acompanhamento médico em casa.
O tratamento sai caro e muita gente não tem como custear fisioterapia, fonoterapia, alimentação por sonda, remédios, fralda geriátrica e cama especial. No entanto, tudo isso pode ser providenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, de acordo com a assistente social Janayna Menezes, o importante, agora, é promover o reencontro.
"Nesse momento, o que a gente precisa é que as famílias venham, resgatem os vínculos, e aí a pessoa possa se autor reconhecer e, posteriormente, ser inserida na sociedade. A gente percebe no olhar dos pacientes o cuidado que a gente tem com eles. A gratidão, a alegria, então, imagine receber isso de um familiar", afirmou.
A campanha foi publicada nas redes sociais, com fotos e vídeos de cada um dos oito pacientes-moradores. O mais antigo está no Tricentenário desde 2015.
Alguns deles lembram de um parente ou de alguma pista que ajude a achar o lugar onde moravam. A dificuldade, no entanto, começa nos nomes. O que eles usam, muitas vezes, fala de como se reconhecem, ou são apelidos.
Na quinta-feira (10), um homem de 57 anos foi reconhecido por irmãos, que foram até o hospital Segundo Arlete Aguiar, coordenadora de Serviço Social do hospital, os irmãos fizeram a barba e cortaram o cabelo dele. "O paciente não os reconheceu, porque ainda está com um quadro de desorientação, mas os irmãos confirmaram que era um parente deles e já estão lá, com ele, prestando os cuidados. Hoje (quinta), já cortaram o cabelo dele, a barba. Ele está lá, todo bonitão, mais sorridente. Se alguém, por ventura, identificar ou achar parecido com alguém, pode entrar em contato com o hospital", explicou.
Quem tiver informações sobre a identidade dos pacientes pode ligar para o telefone (81) 9 9323.0648.
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