O The Guardian indica que os atacantes fizeram várias pessoas reféns antes de fugirem. A France 24 cita uma fonte dos serviços de segurança do país que indica que o atentado foi levado a cabo por "20 a 30 homens armados".
A BBC afirma que os residentes estão frustrados pela demora na resposta das forças militares que se encontravam numa base do exército próxima. Fontes das forças de segurança indicaram à AFP que foram enviados reforços militares desde Barsalogho para ajudar nos esforços de busca e captura.
O presidente da câmara municipal de Dablo, Ousmane Zongo, explicou ao The Guardian que não foram feitas quaisquer detenções, e que se vive na cidade um “clima de terror”. A zona do ataque foi isolada pelo exército e a população recebeu ordens para permanecer dentro de casa.
Cresce a Violência Terrorista
Segundo a AFP, desde 2015 morreram 400 pessoas no país em atentados terroristas levados a cabo por grupos extremistas islâmicos incluindo o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos e o auto-proclamado Estado Islâmico do Grande Saara. Em abril, quatro católicos foram mortos numa aldeia próxima de Dablo. Semanas depois, um ataque a uma igreja protestante em Silgadji fez seis mortos.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, reagiu ao atentado através do Twitter: "Estou horrorizado pelas notícias que chegam do Burkina Faso. Novamente um local de fé é alvo de violência. Os espaços de preces devem ser abrigos, não alvos".
Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, sublinhou que “o genocídio de cristãos por todo o mundo tem de parar”.
O presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demonstrou pesar após o atentado, em declarações ao Burkina 24: "Condeno energicamente o ataque levado a cabo contra a igreja católica de Dablo. É completamente inaceitável".
O maior partido da oposição, o UPC, chamou atenção para o crescendo de violência religiosa no Burkina Faso, considerando a série de ataques a igrejas nos últimos meses como uma “nova tática” de um inimigo comum: “A estratégia consiste em dividir-nos, a opor-nos para nos fazer combater”. O UPC pediu que o regresso da “tolerância lendária” do país.Cerca de 60% da população do Burkina Faso é muçulmana, enquanto que 23% pratica o cristianismo, segundo um censo de 2006. Historicamente, os dois grupos mantiveram relações pacíficas, mas houve um aumento visível nos incidentes violentos nos últimos quatro anos, ligado à crescente presença de grupos extremistas na região.
Motivos de Oração:
- Ore para que Deus conforte as famílias em luto e para que restaure os feridos neste atentado.
- Ore pelos cristãos que vivem no país e que estão assustados diante do aumento da violência e perseguição cristã.
- Ore para que os cristãos permaneçam firmes em Cristo e continuem a testemunhar do amor de Deus para aqueles que não conhecem Jesus.
- Ore pelo governo, para que consigam travar qualquer tentativa de atentado às igrejas Cristã.
Fonte: The Guardian/Observador
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