Segundo o site https://www.folhape.com.br/cultura: Apresentações, que começaram nesta sexta-feira (29), vão acontecer até o domingo (31)
Cena em que Maria recebe Jesus morto em seus braços na Paixão de Cristo do Recife - Foto: Alexandre Aroeira/ Folha de Pernambuco. Nem a noite chuvosa atrapalhou os fiéis que se reuniram na praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, nesta Sexta-feira Santa (29) para acompanhar a primeira noite do espetáculo “Paixão de Cristo do Recife: Jesus, a Luz do Mundo”.
O público encheu as ruas para acompanhar os mais de 50 atores e atrizes, além de 80 figurantes, da tradicional encenação que completa sua 26ª edição neste ano.
Para Marise Silva, que levou os filhos pequenos para apreciar a peça, o momento representa a força da arte e da religião.
“É muito bonito ver que a arte pode evocar sentimentos tão profundos da nossa fé. O que acontece aqui é algo que precisa ser apreciado por todas as gerações”, destacou.
Realizado pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), o espetáculo tem roteiro e direção de Carlos Carvalho. No elenco principal, pelo segundo ano consecutivo, Asaías Rodrigues e Brenda Lígia interpretam Jesus e Maria.
A lista ainda traz nomes como Claus Barros (Maria Madalena), Albemar Araújo (Herodes), Douglas Duan (Caifás), Flávio Renovatto (João Batista), Júnior Aguiar (Judas), Normando Roberto (Pilatos) e Carlos Lira (Anás).
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Passado e presente se unem
Com um roteiro que mistura a tradicional história da Paixão de Cristo com contextos da modernidade de dos que carregam a cruz na sociedade atual, o texto traz elementos famosos das falas conhecidas da história que se mesclam com comentários sociais sobre pessoas marginalizadas.
Brenda Lígia, é uma das responsáveis por dar vida a um destes momentos no palco. Após a crucificação de Jesus, o texto de Maria ressalta a semelhança entre a sua vivência e a das mães de muitas crianças negras e periféricas do Brasil, que também assistem, de mãos atadas, à morte injusta de seus filhos.
Passado e presente se unem
Com um roteiro que mistura a tradicional história da Paixão de Cristo com contextos da modernidade de dos que carregam a cruz na sociedade atual, o texto traz elementos famosos das falas conhecidas da história que se mesclam com comentários sociais sobre pessoas marginalizadas.
Brenda Lígia, é uma das responsáveis por dar vida a um destes momentos no palco. Após a crucificação de Jesus, o texto de Maria ressalta a semelhança entre a sua vivência e a das mães de muitas crianças negras e periféricas do Brasil, que também assistem, de mãos atadas, à morte injusta de seus filhos. “Os índices do Brasil não mentem, a cada 23 minutos um corpo negro é estirado no chão. A maioria dessas mães são as mães pretas, que choram por seus filhos. Então, se a gente têm um espaço desse de privilégio, de trazer tanta gente aqui para um teatro ao ar livre, de graça, no coração da cidade, em um dia de chuva, que seja para passar essa mensagem pra trazer alguma mudança na sociedade”, ressaltou a atriz.
“Essa preparação vem do meu elo familiar, desse amor e solidariedade que eu sempre vi acontecer. Minha casa sempre foi cheia de mendigos, de pessoas que moravam na rua e almoçavam conosco, isso sempre foi a minha inspiração”, revelou.
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