Listado em 2016 pela Forbes como o quinto mais rico entre dez organizações consideradas terroristas, com faturamento de US $400 milhões, o grupo quadruplicou em cinco anos seu patrimônio. Seus negócios prosperam, oriundos sobretudo do tráfico de drogas, de extorsão e cobrança impostos de fazendeiros de papoula, da mineração e de doações de fundos de caridade, especialmente de países do Golfo.
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Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas da ONU em 2020, o Afeganistão figura como o maior produtor de ópio do mundo -- 84% do total. As áreas de cultivo da papoula são dominadas pelo Talibã, que arrecada 10% sobre todas as fases de produção, incluindo também o refino e a distribuição.- MULHERES: Quais os riscos de retrocessos para as mulheres afegãs com Talibã no poder
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Outra fonte lucrativa e competitiva é a da extração ilegal de minério de ferro, mármore, cobre, ouro e zinco, que capta US$ 460 milhões por ano, com o mesmo modus operandi: a extorsão sobre os negócios em operação.Todos os setores da economia são tributados pelo Talibã pelo sistema de dízimo, o que lhe permite a autossuficiência. Os negócios têm a supervisão do mulá Mohammad Yaqoob, filho mais velho do falecido mulá Omar, alçado a chefe militar e forte candidato à liderança do grupo radical.Os doadores internacionais teriam contribuído com US $240 milhões por ano. São fundos oriundos de Paquistão, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Países do Golfo, segundo relatório de 2018 do Conselho de Segurança da ONU, atuam como importante fonte para o Talibã lavar a receita das drogas.
Ainda assim, conforme constata o informe confidencial da OTAN divulgado pela rádio europeia, o grupo busca a independência financeira que lhe permita autofinanciar a insurgência “sem a necessidade de apoio de governos ou de cidadãos de outros países.”
O poder do Talibã contrasta claramente com o debilitado governo afegão, corrupto, dividido e dependente de forças estrangeiras. O resultado se apresenta aos nossos olhos, com a vitória e a rápida retomada do controle do país, após a debandada das forças dos EUA.
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