Segundo o site https://g1.globo.com/pe/pernambuco: Segundo dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta (27), houve aumento de 3,8% da taxa de desocupação, na comparação com o segundo trimestre. Estado empatou com Amapá e ficou atrás da Paraíba.
No terceiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação em Pernambuco atingiu 18,8% da população de 14 anos ou mais. Neste período, houve um aumento de 3,8%, em comparação ao trimestre anterior, quando ela foi de 15%. Entre dez unidades da Federação com maior aumento de desemprego, o estado ficou em segundo lugar no ranking nacional, ao lado do Amapá e atrás da Paraíba, com 4%.Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de aumento da desocupação do período é igual ao percentual registrado no 2º trimestre de 2017. Também figura como a mais alta da série histórica, iniciada há oito anos.
Com o resultado do terceiro trimestre na PNAD Contínua, Pernambuco saiu da 9ª para a 5º posição entre as unidades da Federação com o maior índice de desemprego do Brasil.
Assim, fica atrás da Bahia, Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro. O percentual também é superior à média nordestina, de 17,8%, e à média nacional, que chegou a 14,6%.
O levantamento do IBGE apontou que, no estado, 684 mil pessoas de 14 anos ou mais procuraram emprego, mas não conseguiram encontrar, entre julho, agosto e setembro. Neste período, informou o IBGE, as medidas de distanciamento social no estado por causa da pandemia do novo coronavírus começaram a ser flexibilizadas.
No 2º trimestre de 2020, eram 533 mil pessoas na mesma situação. Isso significa uma variação de 28,3%, o equivalente a 151 mil postos de trabalho que deixaram de ser ocupados.
Para o instituto, o aumento na taxa de desocupação tem dois componentes que devem ser considerados. Um deles é o contingente da força de trabalho que estava ocupado no trimestre anterior e perdeu seu posto.
O outro é a parcela da população que já estava desocupada, mas não buscou ocupação por causa da pandemia. O instituto ressaltou que, a partir da retomada das atividades econômicas, esses trabalhadores se sentiram estimulados a buscar novas oportunidades no mercado.
Os números da PNAD em Pernambuco também mostram mais uma queda no nível da ocupação, indicador que mede o percentual da população ocupada em relação às pessoas em idade de trabalhar. O indicador chegou ao menor nível da série histórica, no 3º trimestre, com 37,8%.
Informalidade
O levantamento do IBGE mostrou também que a taxa de informalidade no estado ficou em 48% da população ocupada. Isso representa 1,41 milhão de pessoas, entre julho, agosto e setembro. Assim, o estado ficou na oitava posição no ranking nacional de alta de informalidade no Brasil. No 2º trimestre, os trabalhadores na informalidade eram 1,36 milhão de pessoas, ou 45,4% da população ocupada. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade quase dez pontos percentuais mais baixa: 38,4%.
Desalento
A pesquisa também mostrou que o número de pessoas desalentadas passou de 359 mil, no segundo trimestre, para 402 mil, no terceiro trimestre de 2020. Isso significa uma variação de 12,1%.
A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
A PNAD Contínua Trimestral apontou, ainda que, no 3º trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho, em Pernambuco, voltou a subir, passando de 36,2% para 38,6% da população ocupada. Ela mede o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada.
Setores
No terceiro trimestre de 2020, houve, segundo o IBGE, uma variação positiva de 2,4% na quantidade de pessoas na força de trabalho, que inclui tanto as pessoas ocupadas quanto as pessoas desocupadas.
No entanto, o total da população ocupada registrou variação negativa de 2,2%. No setor privado, excetuando os trabalhadores domésticos, houve uma estabilidade tanto no número de postos de trabalho com carteira quanto sem carteira. Entre os trabalhadores domésticos, os trabalhadores familiares auxiliares e os empregadores, também não houve alterações significativas.
Neste semestre o maior impacto entre a população ocupada foi observado no setor público, que teve queda de 17,3% nos postos de trabalho, reduzidos de 513 mil para 425 mil.
Entre os profissionais que trabalham por conta própria, houve uma queda de 29,6% entre quem possuía CNPJ, ao passo que os trabalhadores sem CNPJ aumentaram 6,8%.
No Brasil
O desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde de 14,6% no trimestre encerrado em setembro, afetando 14,1 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE .
O índice de 14,6% corresponde a um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao 2º trimestre (13,3%), e de 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado (11,8%).
"Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país", informou o IBGE.
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