Pastor da Igreja Pentecostal Alcançando Vidas há quatro anos, o pastor conta que chegou a sepultar de oito a nove pessoas durante o dia neste período de pandemia. Ele conta que em meio à crise procura levar uma palavra de conforto aos familiares.
“Eu tenho que dar uma palavra de conforto para a família, naquele momento de desespero. Quando a gente vai tirar o pai, a mãe, os filhos, filhas ficam gritando: não leva a minha mãe, não leva meu pai. Nós somos agredidos, mas agente tem que ficar calado porque eu sei que dói”, lamentou.
O estado do Amazonas chegou a estar à beira de um colapso em maio, quando os óbitos diários aumentaram 200% e o sistema de saúde estava saturado, alcançando 70.000 contágios e quase 3.000 mortes. Izaías é um dos funcionários da SOS Funeral que viu crescer o número de mortes.
Com uma jornada de trabalho que tem início às 7h00 e dura 12 horas, o homem, de 49 anos, se veste com o traje de proteção contra o coronavírus e sai em busca de cadáveres em hospitais. Ele diz que durante o pico da pandemia “não tínhamos descanso”.
“Sinto a dor do próximo. Esse é o emprego que mais amo, Deus me colocou lá”, conta Izaías à AFP. Jovem Pan News
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