O acidente ocorreu no último sábado em Laranjal do Jari, próximo à fronteira com o estado do Pará, que tem dado suportes às buscas, que serão retomadas nesta quarta-feira, 4, e continuam com o apoio de mergulhadores, profissionais da área da saúde e aeronaves. Um total de 49 pessoas foram resgatadas entre passageiros e tripulantes.
No suporte ao governo do Amapá, o Pará enviou na tarde de ontem mais 18 urnas funerárias. A transporte foi feito pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), da Segup, da cidade de Macapá até o município de Gurupá, no Pará, que tem sido ponto de apoio por ser a localidade mais próxima da área onde ocorreu naufrágio do navio Anna Karoline III, em Laranjal do Jari, no Amapá, na madrugada de sábado, 29.
O Graesp também já transportou 12 vítimas sobreviventes para Santarém e Macapá. Na segunda-feira, 2, o Grupamento Fluvial do Pará (GFlu) chegou ao local com a embarcação André Luiz, de transporte de pessoas, e outras duas lanchas para dar apoio.
Inquérito – Ainda ontem o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar criminalmente o naufrágio da embarcação Anna Karoline III. Além do MPF, a Polícia Civil também deu início a um inquérito e o Ministério Público (MP) estadual criou comissão para apurar o caso.
O foco do MPF é de "identificar possível prática de infrações penais, em razão de eventual descumprimento de normas básicas de segurança aquaviária, como sobrecarga e irregularidades quanto ao número e à alocação de coletes salva-vidas na embarcação".
Para isso, o órgão federal solicitou informações sobre a documentação do navio e dos responsáveis à Capitania dos Portos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e à empresa de navegação Erlon Rocha Transporte Ltda.
Segundo a empresa dona do navio, a embarcação estava alugada para um terceiro e que não está a par das causas do acidente, e que se solidariza com os sobreviventes e os familiares das vítimas.
O MPF afirmou ainda que, além de investigar o caso criminalmente, os procuradores também vão avaliar a possibilidade de ter ocorrido um atentado contra a segurança do transporte fluvial, em razão do provável descumprimento das normas de segurança da navegação.
O Ministério justificou que a atuação se dá para investigar um caso que ocorreu em rio, domínio da União, por ser entre os estados do Amapá e o Pará.
Fonte: O Globo e Marinha do Brasil
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