Melissa foi demitida em uma segunda (2 de março), três dias após reassumir o cargo que ocupava havia dez anos em uma metalúrgica brasileira, cujo nome o casal preferiu não revelar.
A lei garante aos pais estabilidade durante a gravidez e a licença, mas não depois. “Foi uma notícia triste. Não esperávamos”, afirma William. “Ao menos, posso cuidar das meninas, enquanto ela busca outro trabalho tranquila.”
A história de Melissa e William ilustra achados de pesquisas que investigam a efetividade de políticas voltadas à família após o nascimento dos filhos. Essas medidas se tornaram mais comuns, em parte, devido às comprovadas dificuldades que muitas mulheres enfrentam para se manter no mercado depois que se tornam mães. O problema é que nem todas as políticas surtem os efeitos esperados.
Um estudo novo mostra, por exemplo, que só quatro em cada dez mulheres com direito à licença-maternidade de seis meses no setor privado, no Brasil, aceitam o benefício.
Por trás do percentual reduzido, escondem-se diferenças marcantes. Entre mulheres com diploma universitário, 47% optam pelo benefício. Essa fatia cai para 30% entre as trabalhadoras que não concluíram o ensino médio.
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