Por muito tempo as gorduras animais, como a banha de porco, foram excluídas da cozinha pelo medo de que aumentassem o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto. Hoje, o consenso sobre elas mudou e, em alguns casos, chegam a ser ainda mais saudáveis que os óleos vegetais.
Quando se compara a manteiga à margarina, por exemplo, médicos e especialistas em saúde reforçam que a gordura animal é, de fato, a mais indicada.
“Quando se fala em gordura animal, à princípio, que não foi modificada, quando comparada aos óleos vegetais, é o mesmo que falar: manteiga ou margarina? Essa informação é consenso, e a manteiga é muito melhor, porque a margarina é um óleo vegetal modificado para que dure mais tempo”, explica Marcella Garcez Duarte, médica nutróloga, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Isso não significa, porém, que a banha de porco ou a gordura animal tenha que substituir toda e qualquer gordura usada no preparo dos alimentos. A regra de ouro dos nutrólogos e nutricionistas é, sempre, manter o equilíbrio.
“Não tem problema em usar a gordura animal, mas se for todos os dias, em grandes quantidades, ou se for usar em toda preparação que fizer, vai fazer mal. Vai impactar no aumento do colesterol, trazer alteração no perfil lipídico. É preciso uma dieta equilibrada e, junto com a gordura, tem que incluir um pouco mais de fibra na alimentação para ajudar na eliminação”, reforça Carina Plocharski, nutricionista da Paraná Clínicas.
“Tidas como as grandes vilãs dos problemas cardiovasculares, estudos demonstraram que os carboidratos, especificamente os açúcares, são mais prejudiciais para a saúde das pessoas que as gorduras de origem animal” – Marcella Garcez Duarte, médica nutróloga.
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