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Diretório Nacional do PT veta candidatura de Marília Arraes

4 de agosto de 2018

/ by visao surubim
Segundo o site http://www.diariodepernambuco.com.br: Recurso foi indeferido por esmagadora maioria: 57 a 29. Informações foram confirmadas pelo presidente estadual do PT, Bruno RibeiroFoto: Nando Chiappetta/DP
Foto: Nando Chiappetta/DP
Enquanto os militantes do PT de Pernambuco celebravam eufóricos o resultado da votação no diretório estadual do partido, gritando a plenos pulmões o nome de Marília Arraes, o senador Humberto Costa dava uma entrevista em outro tom. Frio, minimizava o resultado e deixava claro que este não teria efeito prático. “Se não houver nada novo, a tendência da votação no diretório nacional será manter a decisão da executiva”. E foi exatamente o que aconteceu nesta sexta-feira. Por 59 votos contra 28, os líderes do partido aprovaram a estratégia nacional - que determina o apoio ao PSB em Pernambuco na eleição para o governo do estado. Assim, a esperança de Marília - e da imensa maioria do PT local - durou menos de 24 horas. O recurso apresentado para rever a decisão da executiva também foi indeferido por esmagadora maioria: 57 a 29. As informações foram confirmadas pelo presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro.Marília Arraes ainda tenta viabilizar sua candidatura ao Governo de Pernambuco. Imagem: TV Clube

As primeiras informações que circulam são de que a vereadora do Recife vai acatar a decisão nacional do partido. O jornal O Estado de São Paulo publicou matéria nesta sexta-feira (3) com relatos de pessoas próximas a então pré-candidata ao governo de Pernambuco que descartaram uma batalha judicial. A resignação, entretanto, não significa apoio à reeleição de Paulo Câmara. De acordo com as mesmas fontes de O Estado, ela não aceitará subir no palanque com o PSB.

Caso o cenário definido nesta sexta-feira (3) no diretório nacional do PT se confirme, as implicações nas eleições de Pernambuco serão as seguintes: Paulo Câmara (PSB) terá o apoio direto do PT, inclusive com Humberto Costa disputando uma vaga ao senado ao lado de Jarbas Vasconcelos (MDB) na chapa. Esta composição força naturalmente a saída do PDT da base governista, abrindo a possibilidade de uma candidatura de terceira via para o governo do estado. 

No cenário nacional, a estratégia do PT que garantiu a neutralidade do PSB nas eleições enfraquece diretamente a candidatura de Ciro Gomes (PDT) - que termina este período de negociação de alianças isolado, com pouquíssimo tempo de TV e com uma fatia pequena do fundo partidário. Agora resta apenas ao cearense buscar alianças estaduais com os socialistas - o que deve conseguir na maioria dos estados. Já o PT ainda conseguiu puxar o PCdoB para seu bloco - um movimento já esperado -, levando a deputada Manuela D’Ávila a retirar sua candidatura para ser vice de Lula ou do eventual substituto quando o TSE oficializar o impedimento do ex-presidente, atualmente preso na sede da Polícia Federal em Curitiba - condenado em 2ª instância por corrupção. Esta condenação enquadra Lula na Lei da Ficha Limpa.

Leia nota oficial divulgada pela petista                                                            "Esperança não se negocia", diz Marília Arraes em nota
A petista se pronunciou nesta sexta-feira (3)  Foto: Marlon Diego/Esp.DP (Foto: Marlon Diego/Esp.DP)
Foto: Marlon Diego/Esp.DP
Após a decisão do Diretório Nacional do PT nesta sexta-feira (3), que vetou a candidatura de Marília Arraes ao governo do estado, a vereadora divulgou nota se posicionando a respeito da situação.

Marília foi incisiva acerca das especulações de que estaria disposta a abrir mão da disputa ao Palácio do Campo das Princesas. "Minha pré-candidatura nasceu do desejo e da força da militância do PT, dos movimentos sociais e de uma imensa parcela de cidadãos e cidadãs que desejam o resgate de nosso Estado", afirma na nota.

A petista disse ainda que foi a São Paulo, não para negociar, mas sim para lutar por uma candidatura "que verdadeiramente represente o projeto do PT, do presidente Lula e de nossa população".

Confira a nota na íntegra:

Transparência e coragem são duas palavras que dizem muito sobre minha vida e minhas posições políticas. Por isso não posso deixar de me posicionar diante das especulações provocadas a partir de supostas declarações atribuídas a mim, indicando que eu estaria disposta a abrir mão da disputa ao Governo do Estado de Pernambuco. Isso NÃO é verdade. Minha pré-candidatura nasceu do desejo e da força da militância do PT, dos movimentos sociais e de uma imensa parcela de cidadãos e cidadãs que desejam o resgate de nosso Estado. 

Vencemos inúmeros obstáculos para chegar até aqui. Vencemos a desconfiança e o desinteresse pela política que cresce entre nossa população; vencemos a máquina dominada pelas forças golpistas e retrógradas; crescemos nas pesquisas, nos consolidamos e hoje somos muito mais que um projeto, somos uma realidade para o povo pernambucano que quer mudança. 

Vim a São Paulo para acompanhar a votação do recurso que foi interposto por integrantes da Executiva Nacional, para garantir que a democracia interna seja respeitada; estou aqui para defender a posição do PT de Pernambuco, definida por maioria absoluta dos delegados e delegadas que participaram, ontem, do encontro que aprovou a candidatura própria em Pernambuco. Não vim para negociar. A responsabilidade de cada um quem vai julgar é o povo no dia da eleição. 

Não estou aqui para isso. Estou aqui para lutar, como venho lutando dia e noite, pelo direito de termos em Pernambuco uma candidatura que verdadeiramente represente o projeto do PT, do presidente Lula e de nossa população. Desautorizo qualquer um que tente ou queira falar por mim porque as minhas palavras, são exclusivamente minhas, assim como a responsabilidade que tenho de representar esse projeto que vai muito além de uma pessoa, ou de uma candidatura. Representa a esperança da base do PT, respaldada pela maioria esmagadora no Encontro Estadual, e milhões de pernambucanos. Esperança não se negocia.
Marília Arraes 
O diretório nacional do PT indeferiu, por 59×28 votos, o recurso apresentado por Marília Arraes para modificar a decisão da executiva de retirar a candidatura própria. Com isso, Marília está definitivamente fora da disputa pelo governo de Pernambuco.

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