Em uníssono, todos os representantes do movimento espalhados pelo país leram um manifesto exigindo Justiça e democracia. Em São Paulo, a líder nacional do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira, destacou a luta do povo brasileiro pela punição de corruptos e clamou pelo fim da parcialidade no julgamento de réus: “A democracia não existe quando há privilégios ou quando se julga conforme o réu: a justiça tem que ser igual para todos”, clamou do alto do caminhão de som para cerca de cinquenta mil pessoas na Avenida Paulista.
Hoje, quarta-feira (04), o Vem Pra Rua irá monitorar a audiência do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode livrar Lula ou mandá-lo para a prisão. Caso a Corte reveja as decisões anteriores de autorizar as prisões em segunda instância, todos os envolvidos em corrupção,independente do partido político, podem ficar impunes.
Nos atos do dia 03, o movimento esteve nas ruas das principais capitais do país, assim como em cidades do interior do Brasil. Em São Paulo, a população que está cansada de corrupção e impunidade lotou pelo menos oito quadras da Avenida Paulista. Estiveram no caminhão do Vem Pra Rua apoiadores como o historiador e radialista Marco Antônio Villa, o jurista Modesto Carvalhosa e o ex-ministro da Justiça e um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Miguel Reale Jr.
LEIA A ÍNTEGRA DO MANIFESTO DO VEM PRA RUA
Sem justiça, não há segurança e, sem segurança, não há liberdade. Voltamos às ruas para exigir DEMOCRACIA. E a democracia não existe quando há privilégios ou quando se julga conforme o réu. A JUSTIÇA TEM QUE SER IGUAL PARA TODOS. Está na nossa Constituição. Viemos exigir o fim da impunidade. Basta! O brasileiro quer andar pelas ruas sem ser ameaçado, quer ver criminosos na cadeia, quer ensinar aos filhos e netos que ser honesto, íntegro e ético é o caminho para uma sociedade justa e desenvolvida. Queremos um fim para as barbáries que assistimos diariamente na TV e que vivemos todos os dias nas ruas de nossas cidades. Queremos liberdade para andar nas ruas, para trabalhar e para viver. A liberdade e a democracia só existem num ambiente civilizado e pacífico. Amanhã, o STF irá julgar muito mais do que o habeas corpus de Lula, um condenado em segunda instância por unanimidade: na verdade, o colegiado da mais alta corte do país dará seu veredito sobre SE O CRIME COMPENSA NO BRASIL. Há quatro anos o brasileiro luta pela punição de corruptos e pela justiça nas ruas do país. Conseguimos tirar o Brasil das mãos de uma organização criminosa, conseguimos evitar que o país caminhasse para se tornar uma ditadura comunista. Nesta caminhada, descobrimos o país sequestrado por pessoas que se diziam representantes do povo e que nos traíam diariamente em transações criminosas. A presidente do STF, Carmen Lúcia, ontem, na TV, pediu tolerância. Ministra, somos tolerantes, talvez tolerantes até demais e, por esta razão, chegamos a este ponto. Nossa indignação é muito maior hoje e o que não vamos tolerar é impunidade e injustiça! Mas não nos afastaremos do nosso propósito de conseguir mudar o Brasil pelas vias legais, pacíficas e ordeiras, porque acreditamos nesse povo amável e alegre do nosso país. Seja qual for a decisão amanhã, contrária ou a favor dos criminosos, não vamos desistir. Continuaremos lutando para livrar o Brasil dessa corja de criminosos. O povo que ama seu país não foge à luta.
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