Segundo os autos do processo, balas usadas no crime de agosto 13 de 2015, quando 23 pessoas foram mortas a tiros em Osasco e Barueri, são do lote UZZ-18. A polícia afirma que ainda não conseguiu rastrear se elas foram desviadas ou roubadas de algum batalhão.
Segundo a Polícia Civil do Rio, esse lote foi vendido à PF de Brasília pela empresa Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) no dia 29 de dezembro de 2006, com as notas fiscais número 220-821 e 220-822.
Em ofício de 2015 do processo da chacina de Osasco e Barueri, a empresa Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) indica para a Polícia Militar de São Paulo para onde foram vendidas as balas dos cinco lotes de munição usados na chacina.
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local onde Marielle foi morta.
A PF quer saber como as munições saíram de Brasília e chegaram ao Rio. Além disso, a investigação deverá rastrear por onde passou a munição desde a chegada do lote em Brasília, em 2006, até a última quarta-feira.
A Polícia Civil do Rio já descobriu que a munição é original — ou seja, não foi recarregada. Isso porque a espoleta, que provoca o disparo da bala, é original.
Os agentes chegaram a essas conclusões após a perícia. Agora, as polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento.
Chacina de São Paulo
Três policiais militares e um guarda-civil foram condenados pelas mortes na chacina de São Paulo (relembre aqui).
De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público (MP), os agentes decidiram sair armados e encapuzados cometendo execuções em comunidades para vingar as mortes de um policial e de um guarda, dias antes. Todos os citados negam ter participado da chacina.
O PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão; o policial militar Thiago Henklain a 247 anos, 7 meses e 10 dias; o policial militar Victor Cristilder a 119 anos de prisão; e o guarda-civil Sérgio Manhanhã a 100 anos e 10 meses.
O caso ganhou repercussão internacional à época. Além do número de mortos, câmeras de segurança gravaram homens mascarados executando as vítimas num bar em Barueri, cidade que registrou três mortes.
Antes, outras 14 pessoas foram mortas a tiros em diversos locais de Osasco. A matança ocorreu no período de cerca de duas horas. Moradores relataram os crimes pelo WhatsApp
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