Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Luiz Soares foi liberado, logo em seguida, por falta de denúncia formal
Comitiva do Sindmetro-PE, em frente à Estação Central do Recife. Ao centro, o presidente Luiz Soares - Foto: Arthur Botelho/Folha de Pernambuco Depois de ser preso e logo liberado durante ato da greve do Metrô do Recife, nesta segunda-feira (3), o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, definiu a atitude dos policiais militares como arbitrária. O caso aconteceu na Centro de Manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O representante da categoria se pronunciou sobre o assunto horas depois do ocorrido, em coletiva de imprensa em frente à Estação Central do Recife (ECR), no bairro de Santo Antônio, centro da capital.Soares, que passou 40 minutos preso, reafirmou que a greve continua até que a categoria seja ouvida por representantes do governo e que o apitaço que seria feito nesta segunda foi adiado para a terça-feira (4), a partir das 13h.
A concentração acontecerá em frente à ECR, e a caminhada sai em destino ao monumento "Tortura Nunca Mais", no bairro da Boa Vista, área central da capital.“A gente vai fazer uma avaliação [da greve] na quarta-feira. Vamos continuar com os postos de mobilização. Tivemos esse problema seríssimo com a Polícia Militar de Pernambuco, que agiu incorretamente. Estávamos fazendo uma movimentação bastante organizada e pacífica, quando o sargento chegou e disse que queria que fôssemos conduzidos à delegacia”, explicou.
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“Não tinha nenhum documento organizado [que formalizasse a denúncia]. Depois que colocou a gente na viatura e não tinha uma pessoa para fazer a denúncia, ele terminou suspendendo e não nos levou à delegacia. Mais uma vez, uma atitude arbitrária da PMPE”, complementou.
Ainda de acordo com Luiz, movimentos sociais de diversas partes do estado têm apoiado a paralisação dos metroviários e, ainda nesta semana, devem se juntar para ir em passeata ao Palácio do Campo das Princesas, onde fica a sede do Governo de Pernambuco, para dialogar com a gestão estadual.
“Está errada a privatização do metrô do Recife. Queremos recursos emergenciais para garantir a segurança dos trabalhadores que utilizam os trens. Até o momento, não teve nenhum diálogo [com o governo]. É importante frisar que, há dois sábados, um trem do metrô pegou fogo. Ninguém se pronunciou”, destacou ainda o líder do movimento.
O incidente citado por Luiz Soares é referente a um incêndio que atingiu um trem lotado por passageiros, entre as estações Alto do Céu e Curado I, no dia 18 de outubro, e resultou na paralisação da linha Centro. O ramal ficou parado por sete dias. Ninguém ficou ferido. Movimentação
O metrô transporta, todos os dias, cerca de 170 mil pessoas da Região Metropolitana do Recife. Durante esta segunda-feira (3), a reportagem da Folha de Pernambuco percorreu o Terminal Integrado da Joana Bezerra e a Estação Central do Recife. Naquela primeira, a movimentação era intensa, por volta das 7h30. Nesta última, por volta das 9h30, o fluxo de usuários já estava mais tranquilo.
A imprensa foi proibida, pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), de entrar nas duas estações para fazer qualquer tipo de imagem.
Os representantes da categoria estenderam duas faixas na ECR com as inscrições “pernambucanos exigem investimentos para o metrô do Recife” e “privatizar o metrô é aumentar a passagem e prejudicar o povo”. O que diz a CBTU
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da CBTU, mas não obteve resposta. Mais cedo, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos afirmou, por meio de nota, que entraria com mais uma medida judicial para que haja o mais rápido possível alguma decisão para retomada do funcionamento do sistema para garantir o deslocamento dos usuários.
O que a PMPE diz sobre a prisão
Em nota, a corporação explica que foi acionada, por meio do 25º Batalhão, "para garantir a passagem dos trabalhadores que não aderiram à greve e queriam entrar no Centro de Manutenção da CBTU, em Cavaleiro. Na operação, o líder sindical chegou a ser conduzido à viatura e, na sequência, liberado, pois nenhum funcionário manifestou interesse em representar o ocorrido junto à autoridade policial. A Corporação ressalta que as tratativas da ocorrência seguem relacionadas ao possível desbloqueio e à garantia de acesso aos locais de trabalho aos funcionários que desejem não aderir ao movimento grevista e continuar exercendo as funções".
Governo de Pernambuco
A gestão estadual também foi procurada, mas ainda não se pronunciou. Em caso de pronunciamento, este texto será atualizado. O espaço segue aberto.

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