Segundo o site https://surubim.portaldacidade.com/noticias: Professores e estudantes denunciam abandono das escolas públicas estaduais durante ato em frente ao Severino Farias
Na manhã desta quarta-feira (9 de abril), professores e estudantes se reuniram em frente à Escola Estadual Severino Farias, em Surubim, para denunciar a precariedade da rede pública de ensino em Pernambuco. O protesto integra a campanha estadual “Defenda a Escola Pública: seu filho e sua filha estudam nela”, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Com cartazes e falas públicas, os manifestantes cobraram ações imediatas do governo estadual para garantir melhores condições nas escolas. Segundo o professor Selênio Lemos, que leciona no Severino Farias e é um dos coordenadores do Sintepe, a situação é crítica em diversas unidades da região. “Estamos em abril e os estudantes ainda não receberam o kit escolar. Não têm cadernos, não têm fardamento, não têm o tênis prometido pela própria governadora. A merenda é repetitiva e de baixa qualidade, e muitas vezes insuficiente”, afirmou Selênio.
Ele também destacou os problemas estruturais enfrentados pelas escolas. “Temos tetos prestes a desabar, escolas funcionando em casas alugadas por falta de espaço e quadras esportivas sem cobertura. Em algumas unidades, faltam até bancas para os alunos sentarem. É um cenário de abandono.”

“A gente estima que mais de 500 alunos participaram da atividade, além de cerca de 40 professores. O objetivo foi chamar atenção da sociedade para o que está acontecendo. O que o governo mostra nas redes sociais é uma realidade fantasiosa. Quem vive o dia a dia das escolas sabe que a situação é muito diferente”, declarou Selênio.
REIVINDICAÇÕES NA PAUTA
Além da denúncia, o movimento também cobrou o reajuste salarial dos professores, previsto constitucionalmente para janeiro, mas adiado pelo governo para setembro. “Educação de qualidade exige valorização profissional. E isso passa também pelo salário dos professores”, reforçou o coordenador do Sintepe.

A mobilização desta quarta-feira buscou dar visibilidade às dificuldades enfrentadas por alunos e professores, e pressionar o governo a cumprir suas promessas. “Fizemos nossa parte. Deixamos o recado e vamos continuar cobrando. A educação precisa ser prioridade de verdade, não só no discurso”, concluiu Selênio.
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