Segundo o site Assessora de imprensa Thalia Santana: Pioneirismo Nacional: Ciência, Inovação e Turismo em Sintonia
Rudã Fernandes, CEO da Biofábrica de Corais, recebe o prémio das mãos de Ana Carla Lopes, Secretária Executiva do Ministério do Turismo..jpg)
promover a restauração dos recifes de corais em Porto de Galinhas (Ipojuca, PE),
venceu a edição de 2023 do Prêmio Nacional do Turismo, na categoria “Turismo
Sustentável e Ações de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas”. A cerimônia, promovida pelo Ministério do Turismo, aconteceu no último sábado
(16/12), na cidade de Brasília/DF, e evidenciou ações e profissionais de destaque
no segmento turístico nacional.
A empresa atua com o turismo regenerativo, ao qual os visitantes participam de
ações de conservação e restauração do meio ambiente durante a sua visita ao
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A lógica buscada pela startup é desenvolver uma engrenagem que possibiliteacelerar a restauração dos corais, engajando a comunidade e os turistas. “As
experiências foram construídas de forma a unir a ciência que praticamos no
ecossistema recifal às melhores práticas do turismo regenerativo. Estamos
focados em mostrar que é possível interagir com a natureza e voltar para casa
deixando para trás uma contribuição efetiva para melhorar o ambiente que
encontramos”, afirma o doutor Rudã Fernandes, engenheiro de pesca e CEO da
Biofábrica de Corais.
O programa de turismo regenerativo da Biofábrica de Corais conta com a
participação de turistas e dos parceiros operacionais Porto Point Mergulho,
Associação dos Jangadeiros de Porto de Galinhas e Filipe Cadena.
Ao todo, a startup já resgatou e cultivou mais de 6.000 corais que estavam
tombados no assoalho marinho das piscinas naturais de Porto de Galinhas. Um
dos objetivos deste trabalho é ajudar as colônias de corais enfermas a se
recuperarem nos berçários e, assim, poderem ser transplantados para novas
áreas, a fim de recolonizar o ambiente e contribuir para a conservação recifal.
Trata-se de uma experiência multidisciplinar que integra todas as áreas de
atuação da Biofábrica de Corais, ligadas à transplantação de corais, com o
turismo. “O programa de turismo regenerativo é uma ferramenta para educar
múltiplas audiências em relação à importância dos corais, enquanto financia-se a
regeneração da natureza. Dessa forma, os turistas têm a oportunidade de
contribuir com os pesquisadores e com a comunidade local para salvar os corais
ao mesmo tempo que dão escala às atividades dos pesquisadores”, explica
Rudã.
Recentemente, a iniciativa também foi homenageada na categoria 'Turismo
Sustentável e Ações de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas' no
Encontro do Turismo de Pernambuco que aconteceu no dia 15/12, e que foi
promovida pela Secretaria de Turismo e Lazer do Estado de Pernambuco e pela
EMPETUR com objetivo de reconhecer e evidenciar iniciativas sustentáveis
realizadas no estado de Pernambuco.
Mais informações sobre o Prêmio Nacional do Turismo:
Considerada a maior premiação do turismo brasileiro, o Prêmio Nacional do
Turismo tem como propósito identificar, incentivar e compartilhar práticas bem-
sucedidas no âmbito do turismo nacional. Ao reconhecer a relevância e a.jpg)
Abrangência dessas práticas nos destinos brasileiros, bem como ao valorizar
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profissionais que se destacam de maneira criativa, inovadora e proativa, o prêmio
visa impulsionar o desenvolvimento do turismo no país.
A edição de 2023, intitulada "O Turismo Transformando Vidas", celebra aqueles
que contribuem para o crescimento e fortalecimento do turismo brasileiro,
reconhecendo-o como um dos setores econômicos de maior potencial para a
geração de empregos e renda no Brasil. Além disso, destaca-se o papel
fundamental do turismo na promoção da inclusão social e na sustentabilidade
ambiental.
Mais do que um simples reconhecimento, a iniciativa busca disseminar e replicar
as práticas premiadas em outros destinos brasileiros, visando a melhoria das
condições turísticas em diferentes territórios. Acredita-se que esse
reconhecimento não apenas homenageia os premiados, mas também incentiva o
engajamento e a atuação contínua em prol do desenvolvimento do setor turístico
no Brasil.
Na edição deste ano, foram contempladas iniciativas excepcionais em 10
categorias, e no que diz respeito aos profissionais, foram premiadas 09
categorias, refletindo a diversidade e a qualidade das contribuições para o
cenário turístico nacional.
Regeneração de Corais une Turistas, Cientistas e Comunidade Local
Um diferencial da BioFábrica é que as experiências propostas, estão conectadas
aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, metas que
visam estimular ações para acabar com a pobreza, proteger a natureza e garantir
que, até 2030, todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade e estão
alinhadas com as Décadas dos Oceanos e da Restauração.
As atividades de Turismo Regenerativo da Biofábrica de Corais foram pensadas
a partir de uma abordagem multidisciplinar que envolve a comunidade local,
como jangadeiros, mergulhadores e agentes de turismo. Além de envolver
colaboradores locais no planejamento e na execução das atividades. Uma das
suas premissas passa por todos os seus colaboradores estarem recebendo
capacitações nas áreas de biodiversidade recifal e emergência climática. Além de
oferecer mecanismos consistentes para melhorar a renda dos envolvidos..jpg)
Regenerar é um ÓTIMO negócio
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A importância do trabalho da startup está associada à manutenção dos serviços
ecossistemas oferecidos pelos ambientes recifais e que podem ser perdidos com
o seu colapso. Conhecidos como as “florestas tropicais do mar”, os recifes de
corais são reconhecidos como o ecossistema marinho mais biodiverso do
planeta. Embora cubram menos de 1% do fundo do oceano, os recifes são um
habitat valioso para mais de um quarto das espécies marinhas do mundo.
Do turismo à recreação marinha e pesca esportiva, os recifes de coral
desempenham um papel importante nas economias de países de todo o mundo.
Além disso, essas estruturas intrincadas protegem as linhas costeiras e podem
reduzir a energia das ondas em até 97%. Isso ajuda a evitar a erosão costeira e
inundações. Como resultado, esses ecossistemas vibrantes desempenham um
papel crítico no fortalecimento da resiliência costeira diante das crescentes
mudanças climáticas.
E quando o assunto é turismo, estima-se que 80% de todo o turismo ocorre em
áreas costeiras e mais de 350 milhões de pessoas viajam para as costas de
recifes de coral do mundo a cada ano. Isso quer dizer que recifes de coral geram
mais de US$ 36 bilhões em receita de turismo em todo o planeta..jpg)
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Crise Climática ameaça os corais
No entanto, a temperatura global do oceano aumentou 1,3º C desde o final do
século 19 e continua a subir. O aumento (ou mesmo queda) da temperatura da
água pode estressar os pólipos de coral, fazendo com que percam algas (ou
zooxantelas) que vivem nos tecidos dos pólipos. Isso resulta em “branqueamento
de coral”. Embora um coral branqueado não esteja morto e os corais possam
sobreviver a eventos de branqueamento, eles estão sob maior estresse, são
menos resistentes a outras ameaças, como doenças e, portanto, estão sujeitos à
mortalidade.
As mudanças climáticas podem causar o aumento do nível do mar; mudanças na
frequência, intensidade e distribuição das tempestades tropicais; e alteração da
circulação oceânica. Todos esses impactos podem ter consequências negativas
para a saúde e a diversidade dos recifes em todo o mundo, inclusive em Porto de
Galinhas. O IPCC aponta que, com o aumento de 1,5°C, entre 70-90% dos corais
correm risco de morte.
Nesta Década do Oceano e Década da Restauração dos Ecossistemas, o colapso
dos corais no litoral brasileiro pode causar uma diminuição da biodiversidade,
pesca e na subsistência das comunidades locais, além de ter um alto impacto no
turismo das regiões.
O trabalho da Biofábrica de Corais
A Biofábrica de Corais iniciou suas atividades em 2017 como um projeto de
pesquisa do Laboratório de Enzimologia Luiz Accioly, do Departamento de
Bioquímica, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Se tornou uma
startup em 2021, sendo incubada no Polo Tecnológico e Criativo da UFPE.
Os “Biofabricantes”, como são chamados os profissionais que atuam na empresa,
cultivam corais das espécies Millepora alcicornis (coral-de-fogo) e Mussismilia
harttii (coral-couve-flor) no berçário em Porto de Galinhas, também conhecido
como fazenda de corais.
O coral-couve-flor está ameaçado de extinção e é considerado uma das espécies
construtoras mais importantes, pois sua composição pétrea ajuda a formar os
recifes. Já o coral-de-fogo, um coral que propicia muitos abrigos para diversos
organismos aquáticos, foi muito afetado pelo último grande evento de
branqueamento de corais, ocorrido em 2020.
Desde o início das atividades da Biofábrica de Corais, a partir de uma perspectiva
multidisciplinar, houve uma concentração de esforços para desenvolver pacotes
tecnológicos para manejar espécies de corais brasileiros, sendo o
desenvolvimento de um pacote tecnológico para transplantação de corais nativos
um dos principais focos de abordagem pela startup. Esta metodologia da
transplantação é muito utilizada para a propagação de corais no mundo e é uma
técnica adaptada da silvicultura terrestre.
Com esse propósito, a principal inovação no processo de transplantação proposto
para corais nativos brasileiros foi o uso de tecnologia própria com dispositivos
impressos em 3D para o cultivo das mudas de corais, os nubbins, fragmentos de
corais coletados no assoalho marinho, com perda tecidual de pelo menos 50%,
que são cultivados e posteriormente devolvidos ao ambiente natural.
Imprensa:
Thalia Santana
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