Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Há relatos de aluguéis que teriam dobrado de preço na última semana
Fontes ouvidas pela Folha de Pernambuco classificam a ação dos proprietários de imóveis como “desumana”.
Segundo a Prefeitura do Paulista, o Conjunto Beira-Mar, onde ocorreu a tragédia, possui 29 blocos. “Deste total, 15 já foram interditados pela Defesa Civil do município”, informou o órgão em nota. Com a interdição, as famílias têm procurado um novo lugar para morar e muitas delas buscam imóveis no próprio bairro.
Devido à alta procura, proprietários de residências no bairro do Janga estariam aumentando os valores do aluguel. Há relatos de aluguéis que teriam dobrado de preço na última semana.
O padre Deyvson Soares, pároco da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro, denunciou os altos aumentos e fez um apelo pedindo que os proprietários não façam desse momento de dor uma ocasião para lucrar em cima do desespero alheio. “Pessoas se valendo dessa tragédia estão aumentando exorbitantemente aluguéis aqui nesse território. Então, eu peço e clamo em nome de Deus e em nome de cada coração de boa vontade, não tirem proveito. Aproveite esse espaço, essa demanda de sofrimento para fazer o bem, para colocar o que há de melhor de si para o outro. Não faça dinheiro em cima de tragédia de ninguém e levem a sério as vidas que moram nas demais unidades”, comentou o padre.
Ele fez o apelo após a Missa de 7º Dia em homenagem às vítimas do desabamento do Conjunto Beira-Mar, realizada na manhã desta sexta-feira (14), na Capela São Francisco de Assis, também no Janga.
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A dona de casa Maria do Carmo Monteiro, de 61 anos, está à procura de uma nova casa e contou que já viu aluguéis dobrarem de valor. Ela é moradora do Bloco D4 do conjunto Conjunto Beira-Mar.
O prédio foi interditado pela Defesa Civil do município do Paulista na última terça-feira (11). O órgão orientou que os moradores deixem os apartamentos em até 15 ou 20 dias.
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