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MP de Paris recorre contra decisão que absolveu Airbus e Air France por acidente

27 de abril de 2023

/ by visao surubim

Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Quase 14 anos depois da tragédia, companhia aérea e a fabricante da aeronave enfrentavam a acusação de homicídio culposo, quando não há intenção de matar

Promotoria de Paris anunciou nesta quinta-feira (27) que vai recorrer da decisão da absolvição da Airbus e da Air France no caso do acidente Rio-Paris, em que 228 pessoas morreram em junho de 2009.                    Em 17 de abril, um tribunal absolveu as duas empresas de qualquer responsabilidade criminal, causando indignação entre os familiares das vítimas. Ao recorrer da decisão, o Ministério Público busca dar "plena eficácia aos recursos previstos na lei", informou a instituição em comunicado.

Quase 14 anos depois da tragédia, o tribunal considerou que, apesar de cometerem "falhas", não se "pôde demostrar (...) nenhuma relação de causalidade segura" com o acidente. Foram nove semanas de audiências, encerradas em 7 de dezembro do ano passado. O tribunal adiou a questão da avaliação dos danos e prejuízos para uma audiência em 4 de setembro.

Para a Justiça francesa, a Airbus cometeu "quatro imprudências ou negligências", em particular por não ter substituído os modelos de sondas pitot chamadas "AA", que pareciam congelar com maior frequência, nos aviões A330 e A340, e por "reter informações".

A Air France cometeu “imprudência culposa”, relacionada com os métodos de distribuição de uma nota informativa dirigida aos seus pilotos sobre a falha das sondas.                                                                                            

Na esfera criminal, no entanto, segundo o tribunal, "uma relação de causalidade provável não é suficiente para tipificar um crime. Neste caso, como se trata de falhas, não foi possível demonstrar nenhum nexo de causalidade com o acidente".

Queda no Oceano Atlântico
O avião caiu no dia 1º de junho de 2009 no Oceano Atlântico, horas após ter decolado na capital fluminense. Com 228 mortos - todos os 216 passageiros, além dos 12 tripulantes - o acidente foi o mais letal da história da aviação comercial francesa. Os destroços da aeronave foram encontrados apenas dois anos depois da queda, a 3.900 metros de profundidade.

A bordo do avião, um A330 com a matrícula F-GZCP, viajavam pessoas de 33 nacionalidades: 61 franceses, 58 brasileiros e 28 alemães, assim como italianos (9), espanhóis (2) e um argentino, entre outros.

O conteúdo das caixas-pretas confirmou que o acidente foi motivado pelo congelamento das sondas de velocidade no momento em que o avião estava em voo de cruzeiro, em uma zona com condições meteorológicas adversas denominada Zona de Convergência Intertropical. O problema levou os aparelhos a emitirem informações incorretas sobre altitude, o que fez com que os pilotos perdessem o controle do avião.                                   Depois, investigações revelaram que danos semelhantes nas sondas haviam ocorrido antes do acidente, o que despertou questionamentos sobre a postura das empresas frente aos erros, e se ela poderia ter influenciado na queda do voo 447. De outubro a dezembro do ano passado, esse papel da companhia aérea e da fabricante foram analisados no julgamento.    

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