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Governo federal tenta reduzir dependência do SUS do mercado internacional

4 de abril de 2023

/ by visao surubim

Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Atualmente, Brasil só produz 5% dos insumos; plano é alcançar 70% em dez anos

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para que laboratórios nacionais produzam, em até dez anos, pelo menos 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), como vacinas, medicamentos, materiais e outros insumos de saúde. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, em cerimônia que marcou a retomada da agenda do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

A ação mira fortalecer o setor industrial sanitário local e reduzir a dependência do mercado internacional. Atualmente, o Brasil só produz 5% dos insumos do SUS, sendo os outros 95% importados da China e da Índia, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos.

A expansão da produção será articulada no Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), ação interministerial composto por 20 órgãos públicos, entre ministérios, a Anvisa e a Fiocruz. O grupo, criado inicialmente em 2008, foi extinto em 2019 e reativado em setembro do ano passado.
 

– O primeiro grupo foi extinto nas vésperas da pandemia e foi criado no fim do ano passado apenas formalmente. Foi desativado o instrumento que seria mais importante durante a pandemia, o preço disso foi falta de ventiladores, de anestésicos – afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia em Saúde, Carlos Gadelha.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou da dependência de fabricação de vacinas do exterior e desabastecimento de insumos durante o auge da pandemia de Covid-19:                                                                – Creio que essa agenda hoje, se ela foi importante quando o Geceis foi criado, este fato se reforça atualmente devido à própria percepção do impacto da pandemia Covid-19, que nos mostrou quanto é prejudicial para a saúde depender da importação de produtos de insumos de saúde, mesmo aqueles que não exigem tecnologias tão complexas, em meio a uma crítica sanitária mundial.

O grupo será responsável por ações de fomento à pesquisa e inovação, parcerias para o desenvolvimento produtivo e inovação, ações voltadas ao uso abrangente do poder de compra do governo e ao fortalecimento da produção nacional.

– Nós temos no Brasil uma comunidade científica extremamente preparada, com as melhores universidades e institutos. Por isso, vamos trabalhar juntos, fortalecer o Complexo da Saúde, dar mais segurança ao SUS, criar emprego, agregar valor e melhorar a vida da nossa população – discursou o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Também contribuem para a ação representantes da sociedade científica e da sociedade civil, gestores do SUS, sindicatos e empresários.  

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