Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Grupos de diferentes locais do Estado participaram do ato
Com o lema “Chega de invisibilidade! Não vamos nos calar!”, associações do segmento da Pessoa com Deficiência do Estado de Pernambuco realizaram, na manhã desta quinta-feira (13), no Recife, ato simbólico em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. A mobilização contou com a presença de grupos de diferentes locais do Estado, como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Carpina e Gravatá. Mãe de um filho com deficiência intelectual, Poliana Dias é representante da Amar (Aliança de Mães e Famílias Raras). Ela explicou a importância do ato."O que nos motivou foi a falta de voz dentro da Alepe. Simplesmente os 49 deputados que se elegeram disseram que não queriam a voz das pessoas com deficiência dentro dessa casa ao não formar uma frente parlamentar. Reunimos as asssociações para ter poder de ação", disse.
Até a última composição da Alepe, havia uma frente parlamentar em defesa das pessoas com deficiência.
Pai de Luan Henrique, que tem paralisia cerebral, Ailton Azevedo diz que cuida do filho, mas afirmou participar de todos os atos. "Não é só pelo meu filho, é para a melhoria de todos. Também é importante dar força às outras famílias", disse Ailton.
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Integrante do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos de Pessoas com Deficiência de Moreno e do conselho estadual, além de participar da AMA (Associação Mães Azuis), Rivânia Silva de Andrade criticou a existência de movimentos segregados na Assembleia Legislativa de Pernambuco. "No caso da Alepe, está existindo movimentos segregados. O que nós queremos é uma comissão permanente em defesa do direito de todas as pessoas com deficiência. O legislativo precisa voltar o olhar para as pessoas com deficiência de modo geral, não segregar. Isso é retrocesso", enfatizou Rivânia.
Os deputados Cleiton Collins (PP), Débora Almeida (PSDB) e José Patriota e Sileno Guedes, ambos do PSB, receberam os manifestantes na Alepe. O deputado Cleiton Collins (PP) anunciou que vai propor a instalação de uma comissão especial para tratar das doenças raras.
"Esse tema sempre esteve presente aqui na casa. Poderia ser discutido em outras comissões como a de saúde, mas a gente entende a importância de se dar um destaque à temática", disse Sileno Guedes (PSB). De acordo com o deputado, a não continuidade da frente parlamentar que já existia não se deu por esquecimento do tema.
"Não se renova frente. A frente ou comissão especial se cria para atender uma demanda específica. Quando mudou a legislatura, existe um limite de frentes criadas na casa. Outras frentes sobre outros temas foram criados, até porque vários temas transitórios que precisam ser discutido pela Casa e dez frentes não são suficientes", explicou.
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