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PMPE apresenta sua versão e diz que mulher trans agredida portava faca para assaltos

11 de fevereiro de 2023

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Segundo nota, a ação, inicialmente, foi justificada como para "conter uma possível agressão da acusada que demonstrava nervosismo"

Polícia Militar de Pernambuco se pronunciou oficialmente, nesta sexta (10), sobre o caso envolvendo uma mulher trans, de 26 anos, agredida no rosto por um policial militar no Terminal Integrado da Joana Bezerra, na Zona Sul do Recife.                                                                                O vídeo com a agressão viralizou nas redes sociais e gerou revolta. Em nota, o órgão informou que foi instaurado um procedimento “a fim de apurar possível excesso na ação”.

A agressão ocorreu no final do mês de janeiro. As imagens mostram o momento em que a mulher trans desce do ônibus e um homem ao lado dela, identificado como seu marido, coloca as mãos por trás da cabeça, em sinal de rendição à ordem policial.

A mulher tenta falar algo com um dos policiais, mas é surpreendida pelo tapa no rosto. Ela contou à TV Guararapes que, antes de levar o tapa, foi vítima de transfobia por parte de passageiros do ônibus e iria pedir ajuda ao PM.

A versão da PM, no entanto, contrasta com a da mulher. Segundo a polícia, o Batalhão de Choque teria sido acionado por passageiros que denunciaram um casal (que seria Tiffany e o marido) de assaltos dentro do coletivo.                                                                                                          "Ao identificar os acusados, os policiais realizaram os procedimentos de segurança, solicitando que o casal descesse do coletivo e que cumprisse as ordens de manter as mãos para cima, respeitando à distância de segurança para posterior abordagem, o que não foi obedecido pela acusada Tifanny, identificada como uma mulher trans e que portava uma arma branca (faca peixeira), usada para o cometimento do delito. O policial militar ao perceber a aproximação desferiu um golpe para poder conter uma possível agressão da acusada que demonstrava nervosismo e se utilizava de palavras de calão contra os policiais", diz parte do comunicado da PM.

Confira a nota completa da PM:
A Polícia Militar de Pernambuco esclarece a população pernambucana que realiza entre outras operações planejadas com a supervisão da Secretaria de Defesa Social a Operação Linha Segura proporcionando aos usuários do transporte público mais segurança em seus deslocamentos. No último dia (29), uma equipe do Batalhão de Choque foi acionada por passageiros que denunciaram estarem sendo ameaçados por um casal que se encontrava dentro do coletivo e tentou efetuar roubo portando uma arma branca (faca peixeira), e que haviam realizado a investida contra uma mulher com uma criança com transtorno do espectro autista. Alguns passageiros tentaram intervir contra os assaltantes, o que gerou uma confusão generalizada e com o pedido de ajuda os policiais que estavam de serviço na Estação de Metrô Joana Bezerra, agiram no cumprimento do dever e foram em auxílio as vítimas e na identificação dos acusados pela tentativa do roubo.                                                                                          Ao identificar os acusados, os policiais realizaram os procedimentos de segurança, solicitando que o casal descesse do coletivo e que cumprisse as ordens de manter as mãos para cima, respeitando à distância de segurança para posterior abordagem, o que não foi obedecido pela acusada Tifanny, identificada como uma mulher trans e que portava uma arma branca (faca peixeira), usada para o cometimento do delito. O policial militar ao perceber a aproximação desferiu um golpe para poder conter uma possível agressão da acusada que demonstrava nervosismo e se utilizava de palavras de calão contra os policiais.


Após conter a acusada, os policiais encaminharam a ocorrência para a Central de Flagrantes, onde as vítimas também prestaram depoimentos e foi lavrado um TCO em desfavor da acusada por porte ilegal de arma branca e lesão corporal. Em informações colhidas junto a Polícia Civil a acusada já tem registro, em sua ficha criminal, pelo art. 157 do Código Penal – Roubo Qualificado.

A Corregedoria Geral da SDS e a PMPE instauraram procedimentos a fim de apurar possível excesso na ação policial veiculada nas imagens em que teve acesso e reitera que sempre orienta seu efetivo a atuar observando a proteção e respeitos aos Direitos Humanos, preservando a vida, a integridade e o patrimônio da sociedade, e que qualquer conduta na contramão dessas diretrizes está sujeita a uma investigação séria e aprofundada, seja pela Corregedoria, Delegacia de Polícia Judiciaria Militar ou no âmbito dos batalhões da PMPE. 

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