Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Problema relacionado ao porta-aviões São Paulo se desenrola desde junho de 2022
Com risco de encalhe, afundamento ou de interditação de canal de acesso portuário, o ex-porta-aviões São Paulo, que estava desde outubro impedido de atracar no Porto de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, deixou as proximidades da costa do Estado.O afastamento foi determinado pela Marinha do Brasil após a realização de uma inspeção pericial que apontou "uma severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade" do navio.
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Impedida de atracar por força de decisão judicial, a embarcação foi apontada como vetor de risco ambiental. Laudos indicaram que a composição da estrutura tem amianto e outras substâncias tóxicas.
A MSK, representante brasileira da empresa turca que havia comprado o navio, informou que não tinha mais recursos para manter a embarcação diante do imbróglio.
Relembre a problemática do navio:
- Em junho de 2022, o Ibama havia autorizado a exportação do ex-navio da Marinha do Brasil (ex-NAe) para a Turquia, país membro da Convenção e que possui estaleiro credenciado - Após analisar laudos e relatórios produzidos por empresas especializadas, o Ibama obteve autorização da autoridade turca, em maio de 2022, para autorização para exportação.
- O antigo porta-aviões deixou o Brasil em agosto do ano passado, mas, antes que chegasse ao destino, a Turquia cancelou o consentimento. A decisão ocorreu após decisão judicial de primeira instância relacionada a questionamentos sobre o leilão da embarcação, vencido por empresa turca.
- Com o cancelamento da autorização da Turquia, o Ibama teve de suspender seu consentimento e determinar o retorno do ex-NAe ao Brasil.
- Desde então, a embarcação permanecia nas imediações da costa de Pernambuco, monitorada por equipe de emergências ambientais do Ibama que avalia riscos decorrentes do agravamento de avarias no casco. - Em 10 de janeiro, a empresa proprietária do ex-navio comunicou ao Ibama e à Marinha a intenção de abandonar a embarcação. Na mesma data, o instituto ingressou com ação judicial para impedir o abandono. A liminar foi concedida no dia seguinte por juiz de primeira instância em Pernambuco. O instituto também exigiu que a empresa proprietária apresentasse os documentos necessários à atracação do ex-navio em estaleiro para realização de reparos.
- Em 20 de janeiro, a Marinha anunciou o afastamento do ex-porta-aviões da costa pernambucana, alegando que a embarcação apresenta risco de afundar, encalhar ou interromper acesso a canal portuário. Inspeção pericial constatou "uma severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade" do navio, que também não possui seguro e contrato para atracação e reparo. O afastamento em direção à região com mais profundidade busca garantir a segurança da navegação e a prevenção da poluição ambiental na costa brasileira e portos.
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