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Ataque em igrejas deixa sacristão morto e sacerdote ferido na Espanha

26 de janeiro de 2023

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Suspeito realizou ataque com arma branca

Um sacristão morreu e um sacerdote ficou ferido em um ataque com arma branca, nesta quarta-feira (25), em duas igrejas de Algeciras, no sul da Espanha, informaram as autoridades.

"Pouco depois das 19h [15h em Brasília] desta tarde, um homem entrou na igreja de San Isidro de Algeciras, onde, armado com um facão, atacou o sacerdote, o deixando gravemente ferido", explicou o Ministério do Interior em comunicado.

"Posteriormente, [o agressor] compareceu à igreja de Nossa Senhora de La Palma onde, depois de provocar bastante destruição, atacou o sacristão", acrescentou.

"O sacristão conseguiu sair da igreja, mas foi alcançado pelo agressor do lado de fora, que lhe provocou ferimentos mortais", prosseguiu o ministério.

"Instantes depois, [o suspeito] foi neutralizado e detido, e se encontra nas dependências da Polícia Nacional", concluiu.                                                Segundo uma fonte policial, o agressor usava uma jelaba - peça de roupa tradicional dos árabes da região do Magrebe, no Norte da África - e "gritou algo" no momento do ataque. As notícias dos meios de comunicação locais, baseadas em relatos de testemunhas oculares, indicam que o agressor estava armado com um facão.

Em um vídeo difundido pelas autoridades, é possível ver o agressor, vestido com calças pretas e uma blusa cinza com capuz branco e preto, com as mãos algemadas atrás das costas, caminhando escoltado por dois policiais.

"Estão investigando e analisando os fatos, sem que, por ora, seja possível determinar a natureza do ataque", prosseguiu o ministério.

Uma porta-voz do serviço de emergência explicou à AFP que começou a receber muitas chamadas depois das 19h30 de pessoas que viram um homem armado com um facão atacar uma pessoa em frente a uma igreja, antes de atacar outra pessoa perto da igreja de La Palma.                           Um comunicado da ordem religiosa dos salesianos falou de um terceiro ataque à "capela da Europa" e explicou que o religioso ferido "se encontra estável dentro de um estado de gravidade".

- Investigação por terrorismo -
A Audiência Nacional, um tribunal superior responsável por julgar os casos de terrorismo na Espanha, está a cargo das investigações, explicou à AFP o Ministério Público da Espanha.

As reações de responsáveis políticos se sucederam após o atentado.

"Quero transferir minhas mais sinceras condolências aos familiares do sacristão falecido no terrível ataque de Algeciras", escreveu nas redes sociais o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez.                      "Desejo pronta recuperação aos feridos. Todo o nosso apoio ao trabalho que estão realizando as Forças e os Corpos de Segurança do Estado", acrescentou. Estamos "consternados pelos ataques cometidos esta tarde em Algeciras. Meus pêsames à família do sacristão falecido e meus desejos de pronta recuperação aos feridos", tuitou o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular (PP).

O presidente do governo regional da Andaluzia, Juan Manuel Moreno, descreveu o ataque como "terrível e devastador". "Assassinaram um sacristão e feriram, pelo menos, um sacerdote em um ataque que foi produzido em Algeciras", explicou, antes de pedir que se evite conclusões precipitadas e reações intempestivas. "Prudência, os fatos estão sendo investigados", ressaltou.

A Igreja Católica da Espanha, através do secretário-geral da Conferência Episcopal, Francisco César García Magán, lamentou os fatos.

"Com dor, recebi a notícia dos acontecimentos em Algeciras. Neste momento de tristeza, de sofrimento, nos juntamos às dores das famílias das vítimas e da diocese gaditana [relativo a Cádis] e pedimos ao Deus da vida e da paz a pronta recuperação dos feridos", explicou García Magán.    Os últimos atentados jihadistas na Espanha remontam a agosto de 2017 e ocorreram em Barcelona e no balneário de Cambrils, ambos na Catalunha. Os ataques, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, deixaram 16 mortos e 140 feridos. Os três sobreviventes da célula terrorista foram condenados a oito, 46 e 53 anos de prisão.      

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