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Alternativa à BR-101, Arco Metropolitano está mais perto de sair do papel

26 de setembro de 2022

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Governo estadual pretende finalizar os estudos dos dois lotes da futura nova via ainda este ano

Projeto de mobilidade que dura décadas, o Arco Viário Metropolitano do Recife está mais perto de sair do papel. Com a expectativa de fomentar o desenvolvimento da porção a oeste da Região Metropolitana, a estrada de gestão estadual orçada em mais de R$ 2 bilhões surge como uma alternativa à saturada e caótica BR-101, por onde diariamente circulam quase 60 mil veículos.                                                                    O desenho original do Arco, proposto pelo Governo do Estado ainda na década de 1990, prevê, pelo lado oeste da Região Metropolitana do Recife, a ligação expressa do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Litoral Sul, a Goiana, na Zona da Mata Norte.

Atualmente, segundo consta no portal de Licitações do Governo de Pernambuco, a obra está na fase de estudos complementares e projetos executivos de engenharia do lote 2, trecho localizado entre a BR-408 e a BR-101 Sul.

Secretária estadual de Infraestrutura, Fernandha Batista (Foto: Flávio Japa/Seinfra)

A secretária estadual de Infraestrutura, Fernandha Batista, afirmou, em conversa com a reportagem, que essa é a fase mais próxima para o projeto do Arco Viário Metropolitano do Recife tornar-se, enfim, realidade e beneficiar a população.

“Tivemos uma reunião, recentemente, onde foram apresentados os estágios tanto do lote sul quanto do lote norte. No caso do lote sul, estamos em uma fase de detalhamento bem aprofundada”, explica a secretária, acrescentando que esse projeto deve ser finalizado até novembro deste ano. 

O Arco, quando ficar pronto, atravessará e influenciará diretamente uma região com grandes potenciais de crescimento industrial e logístico. Na extremidade sul, o Porto de Suape, com as indústrias de construção naval, siderurgia, refino de gás e petróleo. A oeste, as unidades industriais dos setores alimentício, metalúrgico e materiais de construção de Moreno, Vitória de Santo Antão e São Lourenço da Mata. E, ao norte, as grandes fábricas dos setores automobilístico, de bebidas, vidreiro e farmacêutico de Itapissuma, Igarassu e Goiana.

Mapa original do Arco prevê cerca de 77 km de extensão (Foto: Reprodução)

O projeto é dividido em dois trechos: o norte, que vai da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana, com cerca de 50 quilômetros. O traçado sul, com 45,3 quilômetros de extensão, começa na BR-408, em Paudalho, seguindo até a BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho.

Presidente do Pró-Pernambuco, Avelar Loureiro FilhoPresidente do Pró-Pernambuco, Avelar Loureiro Filho (Foto: Gleyson Filho/Divulgação)

O presidente do Movimento Pró-Pernambuco, entidade que representa o empresariado, Avelar Loureiro Filho, cita o que classifica como motivos para a necessidade do Arco Viário: as melhorias no deslocamento urbano metropolitano e a eficiência logística entre os polos industriais dos litorais Norte e Sul. 

"A necessidade do Arco se dá por dois motivos: para viabilizar o desenvolvimento industrial do Litoral Norte, como também de Suape. Hoje, há um parque industrial na região norte e há uma ineficiência imensa na troca de mercadorias entre essa região e Suape", diz.

Avelar ainda lembra a situação da BR-101. Ele afirma que a rodovia, atualmente, tem mais características de avenida do que de BR. "[A BR] está com sua capacidade de carga além do que poderia suportar. No trecho urbano, principalmente de Jaboatão até Paulista, você tem hoje problemas seríssimos de deslocamento", completa.

Além dos problemas de deslocamento, a BR-101 também registra diversos acidentes anualmente, com feridos e mortos. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2019 a julho de 2022 mostram que houve 3.575 acidentes no trecho pernambucano da BR-101, com 242 mortes e 3.551 feridos. Só nos sete primeiros meses deste ano, foram 522 acidentes, com 39 mortes e 530 feridos. 

Veja os dados ano por ano:

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