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Família de imigrantes brasileiros é detida em hotel na fronteira dos EUA com o México

21 de novembro de 2021

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.folhape.com.br/noticias: Casal e criança seguiram mesmo caminho de outras 15 mil pessoas que deixaram o Brasil nos últimos dois meses com destino ao país latino-americano


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A imigração brasileira no México tem sido um assunto latente no país e ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, com a denúncia de uma família “escondida” em um hotel na cidade de Juárez, aguardando para ser levada ilegalmente aos Estados Unidos.                                                      O Globo mostrou nesta semana que nos últimos dois meses, mais de 15 mil brasileiros chegaram ao México, de acordo com dados do Instituto Nacional de Migração, órgão do governo mexicano responsável pelo controle de entrada, trânsito e saída de estrangeiros do país.

A incidência de casos de tráfico de pessoas tem preocupado as autoridades locais, que temem que estes estejam relacionados ao movimento migratório.

De acordo com o jornal El Heraldo, o Centro de Resposta Imediata, conhecido pelo número 911, recebeu uma chamada anônima que alertava sobre uma pessoa privada da liberdade em um quarto do Hotel Mônaco, localizado na Avenida Paseo Triunfo de la República, em Juárez.

Os policiais foram até o local e encontraram uma família de três pessoas, formada pelo pai, pela mãe e pelo filho, todos brasileiros.

Os três imigrantes foram detidos e levados pelas autoridades municipais até um albergue, onde ficarão por alguns dias até que a situação seja resolvida e o governo determine se a família será enviada ou não ao Brasil. Juarez faz fronteira com a cidade americana de El Paso, no Texas.

Os agentes fizeram uma busca no hotel para descartar a presença de outros imigrantes. Neste mês, foram encontrados outros 27 imigrantes no Hotel São Miguel, na mesma cidade, a maioria provenientes da Guatemala e de Honduras.

Os grupos chegam ao México como turistas e, por esse motivo, possuem documentação para estadia legal por 180 dias. Dessa forma, não podem ser retidos. Eles costumam entrar no país pelos aeroportos da Cidade do México e de Tijuana.

A maioria dos imigrantes brasileiros viajam em família, segundo a imprensa mexicana. Uma delas viralizou nesta terça-feira. O grupo de seis pessoas - entre elas duas crianças e um idoso - foi detido na guarita de Otay, em Tijuana, quando tentou atravessar a fronteira correndo.

Imagens da apreensão dos brasileiros logo ganharam as redes sociais do México. O vídeo gravado por uma testemunha mostra quando os imigrantes saem da carroceria de uma caminhonete, onde viajavam escondidos, e tentam correr em direção aos EUA. As informações são do portal mexicano de notícias Milenio.

De acordo com a imprensa mexicana, as autoridades aduaneiras chegaram a solicitar os vistos. Como os brasileiros não tinham, eles pularam do veículo e dispararam rumo aos EUA.

Pouco depois foram contidos.Os mexicanos têm notado o aumento da presença brasileira no país. No começo do ano eram registradas até 50 pessoas, depois passou para 100 e, nos últimos dois meses, o Instituto Nacional de Migração contabilizou mais de 15 mil.

Os grupos de brasileiros que chegam ao México são aparentemente bem assessorados por guias e têm o interesse em obter asilo humanitário nos Estados Unidos.

Mas quando o benefício é negado na fronteira, eles são encaminhados para o Serviço Nacional para o Desenvolvimento Integral da Família, no México. Em seguida, são enviados para abrigos, onde passam poucas horas.

— Eles não querem ficar nos albergues. Estão buscando mais privacidade e esses grupos da comunidade brasileira, que são os maiores, talvez tenham os recursos econômicos para poder se acomodar na cidade. O que se prevê é que vão continuar chegando — disse José María García Lara, representante do abrigo Juventud 2000, em entrevista à rede de televisão Síntesis.

A crescente presença de imigrantes brasileiros em Tijuana tem sido associada ao tráfico de pessoas. Para a Academia Mexicana de Direitos Humanos, é grande a possibilidade de que a chegada de grupos grandes, com famílias inteiras, vêm sendo mediada por traficantes organizados e pede investigação.

— Há uma forte possibilidade de que se trate do tráfico organizado e precisa ser investigado como se deve — disse José Luis Pérez Canchola, membro da Academia Mexicana de Direitos Humanos, ao jornal El Imparcial. — (As autoridades) sabem o que está acontecendo, mas com o visto legal não podem fazer nada. Canchola também chamou a atenção para o risco dos coiotes.

— Existe uma máfia muito grande de coiotes em Tijuana, que podem virar os casos de sequestro, com extorsão de dinheiro das famílias — finalizou.

Em setembro, técnica de enfermagem Lenilda dos Santos, de 49 anos, morreu quando enfrentava a travessia ilegal para os Estados Unidos via fronteira do México. Ela estava acompanhada de um grupo de amigos e era guiada por um coiote. 

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