Segundo o site https://g1.globo.com/pe/pernambuco: Segundo governo, em 2018, foram 405 casos. Em 2019, houve 517 confirmações. Nesta quarta (28), estado alertou para vacinação.
Pernambuco registrou o aumento de 27% no número de casos confirmados de coqueluche, doença infecciosa que atinge principalmente crianças com menos de um ano de idade. Os dados, referentes ao comparativo entre 2018 e 2019, foram divulgados, nesta quarta (29), pelo governo, que alertou também para a necessidade de vacinação (veja vídeo acima).Segundo o estado, em 2018, foram confirmadas 405 ocorrências. No ano seguinte, houve 517 casos. Em 2020, em meio à pandemia, Pernambuco teve 19 confirmações. Esse índice de notificação pode ter relação com o isolamento social determinado por causa do novo coronavírus.
Os bebês são os mais atingidos pela doença. O levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que, em 2019, 276 casos de coqueluche foram confirmados em crianças com menos de um ano. Isso equivale a 53% do total.
Este ano, 13 dos 19 casos foram confirmados nessa faixa etária. Crianças entre 1 e 4 anos de idade correspondem à segunda faixa etária mais atingida pela doença. No ano passado, segundo a secretaria, foram 118 confirmações.
Por meio de vídeo divulgado pelo governo, a médica infectologista Analiria Pimentel, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife, afirmou que a pandemia prejudicou o cumprimento do calendário de vacinação "A coqueluche é uma doença grave, principalmente para crianças menores. Mas, por causa da pandemia, os pais, com medo, deixaram de levá-las para fazer a vacinação e isso atrasou o calendário vacinal. A gente alerta que é preciso ter essas crianças vacinadas. É uma obrigação nossa", afirmou.
Vacinas
Segundo o governo, a medida de prevenção mais eficaz é a vacinação, disponível de forma gratuita nos postos de saúde. Para garantir a imunização, a criança deve seguir o esquema vacinal infantil e receber as doses determinadas para cada faixa etária.
A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche do tipo b e hepatite B, deve ser aplicada em três doses. Devem ser imunizadas as crianças de dois, quatro e seis meses de vida.
O 1º reforço deve acontecer com a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Ela deve ser aplicada aos 15 meses de vida. O 2º reforço, para que se complete a imunização, é determinado para os 4 anos de idade.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a imunidade adquirida por meio da vacina é duradoura, mas não permanente. Ela pode garantir imunização de cinco a dez anos, após a última dose. Por isso, crianças maiores, jovens e adolescentes, além dos adultos, também podem adoecer e transmitir a doença para crianças menores de um ano, que desenvolvem a forma mais grave.
A vacina contra coqueluche também é gratuita para as gestantes. Ela é recomendada a cada gestação. A mulher deve receber uma dose de dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular), a partir da 20ª semana de gravidez.
Sintomas
O estado alerta que os sintomas se apresentam em três fases sucessivas. A primeira pode durar até duas semanas e começa com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca), seguido por surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes.
Na segunda fase, geralmente afebril ou com febre baixa, há crises de tosse súbita e incontrolável, rápida e curta. Durante esses acessos, o paciente não consegue inspirar, apresenta congestão facial e, eventualmente, pele azulada, que pode ser seguida de apneia e vômito, podendo durar de duas a seis semanas.
A última fase, da convalescença, os surtos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum e pode se prolongar até três meses.
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