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Novo ciclone extratropical se forma sobre o Rio Grande do Sul

2 de setembro de 2020

/ by visao surubim

 Segundo o site https://www.cliccamaqua.com.brNo Rio Grande do Sul, o sistema pode trazer vento forte, além de influenciar na formação de nova frente fria e chuvosaNovo ciclone se forma sobre o RS. Foto: MetSul MeteorologiaUm ciclone extratropical vai se formar nesta quarta-feira (2) com o aprofundamento de um centro de baixa pressão sobre o Uruguai. O ciclone se originará, segundo a maioria dos modelos analisados, na região da foz do Rio da Prata com valor de pressão atmosférica central ao redor de 1.006 hPa.

De acordo com a MetSul Meteorologia, ciclones extratropicais são absolutamente rotineiros na climatologia regional e dezenas atuam todos os anos no Atlântico Sul. Este sistema não reunirá as características de um ciclone bomba perto do continente como o registrado entre os dias 30 de junho e 1 de julho porque não se espera uma explosiva intensificação próxima da costa com queda da pressão atmosférica de 24 hPa ou mais em intervalo de 24 horas.

A tendência é de rápida intensificação do ciclone à medida que o sistema se desloque para Sudeste, na altura do litoral da Argentina, à medida que se distancia do continente na quinta-feira, quando a sua pressão central deve cair para valores ao redor de 980 hPa. O ciclone será mais intenso, assim, quando já estiver distante do continente no Atlântico Sul.                                                                        

MetSul Meteorologia  

O vento diretamente associado ao ciclone será mais sentido no Sul e no Leste uruguaio entre quarta e quinta-feira, em particular nos departamentos de Montevidéu, San José, Canelones, Maldonado e Rocha, onde as rajadas médias devem ficar entre os 70 km/h e 90km/h, mais intensas em pontos isolados, o que pode causar alguns transtornos como queda de luz. No geral, os impactos não devem ser significativos no Uruguai.                                                                                                                  Efeitos no Sul do Brasil 

No Rio Grande do Sul, o sistema pode trazer vento forte indiretamente. Isso porque com o aprofundamento de centro de baixa pressão sobre o Uruguai vai atuar uma corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera, uma espécie de corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude.     Com isso, o vento pode soprar com rajadas fortes do quadrante Norte no decorrer desta quarta-feira no Estado. A área de Santa Maria e a região dos vales, no Centro do Rio Grande do Sul, são as especialmente suscetíveis a vento forte na presença de uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera. O ingresso da corrente de jato com ar seco e quente fará o tempo abrir na maioria das regiões gaúchas, exceção do Extremo Sul e de parte da fronteira com o Uruguai, com forte elevação da temperatura e calor durante a tarde. 

Rajadas fortes de vento do quadrante Norte associadas ao “jato” poderão ocorrer ainda no Oeste de Santa Catarina e no Oeste do Paraná, como é comum neste tipo de condição meteorológica.


A significativa corrente de jato vai trazer fumaça de queimadas do Centro-Oeste do Brasil, Sul da região amazônica e do Paraguai para o Sul do Brasil.     Uma frente fria vai se organizar, associada ao ciclone, e deve avançar pelo Rio Grande do Sul entre quarta e quinta-feira com chuva, mas que não será volumosa. O sistema ingressa pelo Oeste nesta quarta e alcança a maioria das regiões na quinta. Antes, contudo, podem se formar áreas de instabilidade pré-frontais, especialmente na noite desta quarta e, sobretudo, no Norte gaúcho com risco de temporais pela alta temperatura. 

Um risco na passagem da frente, considerando a presença da corrente de jato de baixos níveis com seu padrão divergente de vento e pela rápida troca de massas de ar (quente para fria) é a ocorrência de rajadas de vento forte a intensas e que em alguns pontos podem se revestir da condição de vendaval. A troca de massas de ar determinará ainda uma queda da temperatura, mas não se tratando de uma massa de ar frio de maior intensidade não se espera frio intenso.

Os efeitos deste sistema serão mínimos em Santa Catarina e no Paraná, exceto pela passagem da frente fria que trará chuva muito irregular e possíveis temporais isolados.

  

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