Nattaya Nganiem, estava a sair do complexo do centro comercial de carro, quando ouviu tiros e viu uma mulher "a correr histérica". Viu um motociclista a largar a mota e a correr também.
Outra das pessoas que se encontravam no local, Diaw, viu o atacante matar um colega seu. "Estava a disparar para todo o lado, mas os tiros eram precisos", revelou, acrescentando que o homem apontava para a cabeça das vítimas.
No quarto andar do local, Chanathip Somsakul, de 33 anos, barricou-se nas casas de banho das mulheres, com dezenas de outras pessoas e usaram as portas dos cubículos para trancar a entrada. Conseguiram usar os telemóveis para tentar perceber o que se passava, mas havia tanta informação dispersa que ninguém sabia em que acreditar. "Toda a gente estava aterrorizada. Um amigo que trabalha no centro comercial estava a falar com um tipo na sala de videovigilância... foi-nos dando desenvolvimentos quanto à localização do atirador", explicou à AFP.
Quando a polícia chegou pelas 21h, saíram de forma ordeira, mas voltaram a começar a correr quando se voltaram a ouvir tiros.
Charlie Crowson, um professor de inglês na cidade, explicou à BBC, que havia "corpos nas ruas" na cidade normalmente pacífica. Uma das estudantes da sua namorada, também professora, foi morta no ataque.
Na morgue da cidade estava Natthawut Karnchanamethee a fazer o luto do seu filho de 13 anos. "É o meu único filho. Deixava-o fazer tudo o que queria, só queria que fosse boa pessoa", disse.
Segundo o primeiro-ministro tailandês, o militar de 32 anos, que publicou várias imagens durante o ataque, terá sido motivado por uma disputa de terrenos. Houve 57 pessoas feridas no incidente, "um número sem precedentes na Tailândia", acrescentou o governante, citado pela BBC.
Entre as vítimas mortais constam 23 civis, três policias e três militares, além do próprio agressor, um sargento identificado como Jakrapanth Thomma, 32 anos.
O atirador matou outro soldado quando roubou um veículo militar e armas - duas espingardas, um metralhadora M60 e 770 munições de uma base militar.
As equipas forenses continuam a processar o local.
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