Por que o senhor decidiu participar da manifestação?
Porque acho que esse é um momento extraordinariamente importante na vida do Brasil. Foi dramática e dolorosa a decisão do Supremo. O Congresso tem a responsabilidade de tomar uma decisão: salvar o Brasil. Soube que os presidentes da Câmara (Rodrigo Maia) e do Senado (Davi Alcolumbre) pretendem botar em votação a medida que visa repor a prisão em segunda instância. Vou percorrer o Brasil defendendo isso e fiz um apelo aos jovens. Hoje, cada jovem pega o celular e cria uma rede que movimenta ideias. Temos de fazer isso no Brasil inteiro. Eu estava em casa, tenho quase 90 anos, mas preciso desabafar e estou fazendo a minha parte. O Congresso tem de tomar essa decisão. Se fizer isso, o Brasil se recompõe.
Não seria uma afronta ao Supremo?
Não. O próprio presidente do STF (Dias Toffoli) disse que caberia ao Congresso tomar a decisão. Ele, de certa forma, passou a mensagem de que o Supremo abre esse caminho.
Muita gente critica e até questiona a existência no Supremo. Que avaliação o senhor faz da Corte?
Bom, mas no mundo inteiro é assim. A delação é uma arma que pode ser usada para buscar a verdade. É um expediente que o mundo inteiro usa. Sergio Moro (ex-juiz e ministro da Justiça) é uma pessoa extraordinária, um grande homem. Se ele cometeu um equívoco aqui ou ali... mas as roubalheiras, foi ele quem inventou? Ou aconteceram de fato?
Como ficará a política brasileira e a polarização a partir de agora, com Lula solto?
Para o Brasil, é uma desgraça. Se nós entrarmos nisso, vamos ter de impedir. É muito ruim e será o pior.
Ele não é culpado de nada que está acontecendo. A situação é grave e difícil, e isso não é de hoje. Agora, ele cobrou do Sartori (José Ivo Sartori, ex-governador) por não pagar a folha do funcionalismo em dia e agora não consegue pagar também, então fica nessa história...
Leite se equivocou, já que está descumprindo uma promessa de campanha?
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