José Pinteiro Júnior, mais conhecido como DJ Jopin, e parentes dele foram presos nesta quinta-feira (9), durante o cumprimento de mandados da Operação Mar Aberto, da Polícia Civil de Pernambuco e da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Segundo a polícia, o grupo de empresas investigado movimentou R$ 358 milhões em cinco anos e, do total, foi constatada a sonegação de, pelo menos, R$ 65 milhões. (Veja vídeo acima)
Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, sendo oito em Pernambuco e um em São Paulo. A investigação sobre lavagem de dinheiro e crimes tributários do grupo, ligado à fabricação de embarcações, contou com apoio das polícias de São Paulo e da Paraíba no cumprimento dos mandados.
"Vou junto à Justiça tentar demonstrar que não há necessidade da prisão. É uma família que todo mundo conhece em Pernambuco e todos os fatos que estão sendo investigados serão esclarecidos", diz o advogado Hélcio França, que defende José Pinteiro Costa Neto, a esposa dele, Andréa Pinteiro, e o DJ Jopin.
O advogado Ademar Rigueira, que representa Aníbal Pinteiro, informou por meio de nota que vai se pronunciar após ter acesso à íntegra dos autos de investigação e está colaborando "com as informações necessárias para esclarecimentos dos fatos relacionados à operação". O G1 tenta contato com a defesa dos outros presos na operação.
Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na Ecomariner, na Zona Sul do Recife, nesta quinta-feira (9), na Operação Mar Aberto — Foto: Reprodução/TV Globo
O grupo Ecomariner, da família Pinteiro, reúne 11 empresas em Pernambuco e na Paraíba. No bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, o estaleiro do grupo foi alvo de mandado de busca e apreensão.
"Esperamos que, com essas apreensões, o dinheiro que foi sonegado volte ao poder público", diz o delegado Jean Rockfeller. Os detalhes de como funcionava o esquema não foram divulgados.
Entre os locais com mandados cumpridos, há os bairros de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e Candeias, em Jaboatão dos Guararapes.
A investigação começou em dezembro de 2017 e é comandada pela delegada Priscila Von Sohsten, do Draco, com apoio da Diretoria de Inteligência e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da corporação.
A operação contou com cem policiais civis de Pernambuco, além de duas equipes da Policia Civil de São Paulo e outra da Polícia Civil da Paraíba, além de equipes coordenadas por auditores da Sefaz.
Os presos e apreensões em Pernambuco são encaminhados para a sede do Draco, no bairro do Tejipió, no Recife. PLANTÃO RIT NOTÍCIAS
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