Na Mata
Norte, composta pro 18 cidade, apenas uma cidade está acima da média nacional,
que é de R$ 403,37 por habitante. Camutanga, município com apenas 8.493
habitantes é a cidade na região que mais investe em saúde, por habitante, na
Mata Norte.
Logo após Camutanga a cidade vizinha, Ferreiros, foi o segundo município da região que mais investiu em serviços públicos de saúde. Apesar de ficar abaixo da média nacional a cidade investiu R$ 400,65. As duas cidades estão entre os dez municípios do estado de Pernambuco que mais investiram na área, em 2017.
Em seguida, na terceira posição, bem a cidade de Buenos
Aires que investiu, em 2017, R$ 360,97 por habitante.
O levantamento do CFM busca evidenciar
uma conta difícil de fechar: a manutenção e ampliação de atendimentos na
atenção primária à saúde, que vem ficando
sufocada pelo sub financiamento do SUS. O pente-fino do conselho levou em conta
o valor médio aplicado pelos gestores municipais com recursos próprios em Ações
e Serviços Públicos de Saúde (ASPS), declaradas no Sistema de Informações sobre
os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde. Foi
evidenciado por meio do cruzamento de dados que, nacionalmente, os municípios
menores (em termos populacionais) arcam proporcionalmente com uma despesa per
capita maior.
Em 2017, nas cidades com menos de cinco mil
habitantes, as prefeituras gastaram em média R$ 779,21 na saúde de cada
cidadão – quase o dobro da média nacional. Para quem acha que o investimento
maior pode ser facilitado em pequenas populações, o coordenador da Comissão
Nacional Pró-SUS do CFM, Donizetti Giamberardino, afirma ser exatamente o
contrário. “É mais difícil. Os municípios menores ficam mais prejudicados
porque eles precisam criar os mesmos mecanismos (de saúde e assistência) de
cidades que têm um milhão de pessoas. Isso fica muito mais caro para eles”,
explicou.
Recursos são mal geridos, diz
Cremepe
Para o diretor do
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Dubeux, o cenário
encontrado pelo levantamento tem multe fatores. “Acho que há um
sub financiamento, mas também os poucos recursos que existem são mal geridos”,
avaliou. Segundo ele, enquanto não houver melhor distribuição e gestão de
recurso, dentro de uma lógica de regionalização, haverá problemas de
assistência em qualquer cidade, independentemente do porte.
Usando como exemplo
o Recife, Dubeux comentou que a Capital tem complexidade de demandas em saúde, além do próprio
volume populacional (quase dois milhões de habitantes) e territorial, que
implica em maiores gastos de saúde. A cidade teve, de
acordo com o relatório, custo per capita de R$ 340,97 em saúde. Em nota, a
Secretaria de Saúde da Capital informou que, em 2017, foram destinados R$ 557
milhões de recursos próprios para despesas com ações e serviços públicos de saúde, representando um
crescimento de 22% em relação a 2014. Camutanga, Ferreiros e Buenos Aires são as cidades que mais investem em saúde, na Mata Norte Leia mais em - https://giro.matanorte.com/politica/camutanga-ferreiros-e-buenos-aires-sao-as-cidades-que-mais-investem-em-saude-na-mata-norte/?fbclid=IwAR0FWkgIVBu4XxH-VrdLuQdmj9jFkOOwgXqDHn3UzoOgSIGRiCNu18dPY4k © 2013 - 2016. Todos direitos reservados a GIRO MATA NORTE. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
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