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Pacientes do interior de PE enfrentam longas distâncias de ônibus para receber tratamento médico no Recife

8 de maio de 2018

/ by visao surubim
Segundo o site https://g1.globo.com/pe/pernambuco: Ausência de tratamento especializado nas cidades onde moram faz com que passem por longas viagens até chegar a hospitais públicos na capital pernambucana.Pacientes viajam do interior até a capital para receber tratamento médico no Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)Em busca de tratamento médico, pacientes de vários municípios de Pernambuco chegam a enfrentar centenas de quilômetros até o Recife por causa da falta de atendimento especializado em cidades do interior. Em 2017, o Ministério da Saúde gastou R$ 13,8 milhões para o transporte dos pacientes no estado, dinheiro entregue aos municípios para Tratamento Fora do Domicílio (TFD). (Veja vídeo acima)
Durante duas madrugadas, a TV Globo acompanhou a chegada de quem sai do interior para se tratar na capital pernambucana. Os primeiros ônibus chegam ao Recife logo depois das 4h. O Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da cidade, por exemplo, é a quarta parada do ônibus que sai de Água Preta, na Zona da Mata Sul, às 2h40.
O motorista Cristiano Gomes é quem leva os pacientes do município para a capital. “Num dia calmo, é comum pararmos em oito hospitais. O normal, mesmo, é de 12 a 17 hospitais”, diz o condutor.
Todos os dias, um grupo sai de São Vicente Férrer, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, sob a coordenação de Maria José Maranhão, responsávelo pelo TFD no município. Ela cuida de 45 passageiros diariamente.
"O ônibus vai ao Recife todos os dias, de segunda-feira a sexta-feira. O município não oferece os exames que os passageiros precisam. Por isso, a gente traz", explica Maria José. Para a médica oncologista Carolina Branco, as viagens dos pacientes à capital causam mais problemas que o transtorno logístico, pois afetam também a saúde e a eficácia do tratamento ao qual se submetem. Para ela, a solução seria descentralizar o atendimento médico.
"Pacientes que fazem radioterapia precisam vir diariamente ao hospital. Você recebe um paciente que precisa fazer, por exemplo, uma quimioterapia semanal. Imagine esse paciente ter que vir toda semana, enfrentar estrada. Às vezes, não tem nem a disponibilidade do transporte da prefeitura, causando atrasos no tratamento. Atrasando o tratamento, tem impactos na sobrevida", ressalta.
Os recursos do TFD são destinados a pacientes que não conseguem o tratamento de que precisam na cidade onde moram. A verba repassada pelo Ministério da Saúde é dividida em transportes terrestre e aéreo, aluguel de casa de apoio, alimentação, folha de pagamento, ajudas de custo e ambulâncias.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que, dos R$ 13,8 milhões destinados ao TFD em Pernambuco em 2017, R$ 2,8 milhões foram destinados ao município de Petrolina, no Sertão do estado, que recebeu a maior quantia referente à verba. Em seguida, vêm as cidades de Tabira e Dormentes, no Sertão, que receberam R$ 693,6 mil e R$ 526,7 mil, respectivamente. Em quarto lugar, está o Recife, com R$ 481,4 mil.Pacientes com câncer precisam sair do interior até o Recife para receber tratamento médico (Foto: Reprodução/TV Globo)

Respostas

Questionada pela TV Globo sobre a aplicação da verba, a Secretaria de Saúde da capital informou que a Diretoria Executiva de Regulação da pasta não tinha registro de repasse do Ministério da Saúde em 2017.
A Prefeitura de Petrolina, cidade localizada a 722 quilômetros de distância do Recife, informou que, em 2017, foram atendidos 16.028 pacientes, com 8.954 acompanhantes, na capital. As pessoas fizeram tratamento de oncologia, radioterapia, transplantes e cirurgias eletivas.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que, desde 2007, a rede estadual vem sendo ampliada para interiorizar e qualificar o perfil dos hospitais. No início de 2007, eram 27 unidades administradas pela secretaria e, hoje, a rede é composta por 58 centros de atendimento médico.
Nessa lista, estão15 UPAs, dez Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (todas no interior) e 33 hospitais, totalizando cerca de 10 mil leitos. A ampliação representa um aumento de 150% em relação a 2007, quando a rede estadual contava com 3.844 leitos.

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