ASAS DE MÃE
LUIZA, mãe fraternal
Quem dera que os órfãos
Tivessem essa Mãe
O mundo seria melhor...
Ensino, conselhos, poesia,
Dorme criança, sonhando...
Ah! Se possível fosse...
Tê-la como Mãe! Um doce...
Luiza, vê as crianças
Nos ônibus, penduradas,
Longe da escola,
Ociosas, nas calçadas,
Sem jeito, em desequilíbrio,
Caindo e se esborrachando
No chão da cidade,
Pedindo esmola.
Seu peito, chora...
Meninos nas ruas
Perambulando,
Sem ter o que comer
Passando fome,
Se perguntando:
O que eu vou ser
Quando crescer?
Quem dera! Eu encontrasse
Uma Maria, uma Luiza,
Para me amadurecer, Me ensinar a escrever,
O meu nome ler
E me lembrar da
Obrigação da vida.
Ah! Se cada um de nós
Pudéssemos dar um jeito.
Mas falta coragem, caridade,
Respeito, e aprendizagem
Para ajudar o próximo.
Como seria bom para nós
Ter uma Mãe Luiza
Caminhando leve e
solta feito brisa.
Suave, ou ríspida,
Mas cheia de amor,
Mulher Mãe, carinhosa,
Agradável, virtuosa e séria.
Quantas crianças queriam
Ter uma Mãe assim,
Que lhes desse colo...
Abraço, ombro, amor...
Ah! Flor sertaneja,
Teus dedos dançam
Escrevendo a paz...
Mãe!! Mulher guerreira!!
Afoita, é você.
Mestra!! Que os meninos Te encontre!
Com o teu coração
De poeta.
Que tu possas
Lhes mostrar o
Caminho do respeito
As estradas da
Fé, os becos da
Esperança, e a
Luz da dignidade
Da vida...
Mãe!!
Ps. Esse texto foi escrito por uma ex-aluna minha Luíza Saraiva (Cida, órfã), a qual me dedicou em 13/05/2009.
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