O oficial de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) Paulo Santos indicou que o alerta foi dado às 20h51 e pelas 21h50 o fogo foi dado como extinto, mas a rapidez de propagação das chamas precipitou o elevado número de feridos e de vítimas mortais.
O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, indicou, durante a noite, que se tratava “quase de uma situação de catástrofe”. Estiveram mobilizados para o local cerca de 170 operacionais e três helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ativou, ao final da noite, a Linha Nacional de Emergência Social através do número gratuito 144.
“Mal acabamos de nos reerguer de uma [tragédia], parece que estamos noutra”
Conforme explicou aos jornalistas o presidente da Câmara de Tondela, a explosão “causou uma forte ignição no teto falso da estrutura”, que ardeu de forma muito acelerada, causando uma grande concentração de monóxido de carbono e consequentes "danos nas vias respiratórias" das pessoas presentes. O autarca referiu que as pessoas poderão ter ficado desorientadas e algumas “terão logo perdido os sentidos”.
Quando questionado sobre uma possível falta de condições na associação recreativa de Vila Nova da Rainha, onde decorria um torneio de sueca, José António Jesus sublinhou que ainda iriam decorrer investigações para apurar as causas do incidente mas reforçou que o facto de estarem “seis dezenas de pessoas” confinadas num espaço que começou a arder rapidamente deverá ter contribuído para o tráfico desfecho.
José António Jesus indicou, ainda, que se acredita que as vítimas mortais sejam “de idade adulta”, afastando a hipótese de se encontrarem menores entre as mesmas. No entanto, deixou claro que as suas identidades ainda estão a ser apuradas. Tratar-se-ão, maioritariamente, de habitantes locais.
“Mal acabamos de nos reerguer de uma [tragédia], parece que estamos noutra”, lamentou o autarca, referindo-se aos incêndios de outubro, que também afetaram aquele concelho. O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, anotou o mesmo sentimento: "Temos que ter a capacidade de darmos o apoio necessário para conseguir ultrapassar também esta fase de luto".
Os ministérios da Administração Interna, da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social accionaram "todos os meios" previstos para um incidente do género, chegando os primeiros operacionais ao local em dez minutos. Foi disponibilizado de imediato apoio psicológico aos feridos e familiares das vítimas.
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