Moro pediu explicações sobre o caso ao Ministério Público Federal (MPF). Ele deu prazo de cinco dias para que os procuradores possam se manifestar.
“Não se pode excluir a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado a esta ação penal, já que, na fase de investigação, o referido acusado aparentemente confessou seus crimes e revelou crimes de outros”, escreveu o magistrado.
MAIS DE 7 MILHÕES EM PROPINA
Vieira foi denunciado pela Lava-jato, em dezembro, junto com José Antonio, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Eles teriam recebido R$ 7,5 milhões em propinas, pagas pela empresa NM Engenharia.
Na investigação, o MPF apurou que os denunciados orquestraram repasses, em sua maioria a partir da NM Engenharia, para outras duas empresas sem justificativa econômica. Entre 30 de setembro de 2009 e 13 de setembro de 2015, por exemplo, eles e Luiz Maramaldo, executivo da companhia de engenharia, ocultaram e dissimularam um montante de cerca de R$ 3,8 milhões em repasses provenientes da NM, em proveito de José Antônio, por meio da pessoa jurídica JRA Transportes.
Entre setembro de 2009 e março de 2014, segundo os procuradores, os denunciados ocultaram R$ 7,5 milhões em 55 repasses provenientes da NM, também em proveito do José Antônio, por meio da JRA Transportes, Queiroz Correa e da pessoa física Adriano Correia. Os valores eram depositados em contas de parentes do ex-gerente da Transpetro e de José Roberto.
A denúncia aponta que Vieira era ligado ao ex-gerente da Transpetro e que junto com Adriano Silva Correia lavou dinheiro de propinas em 304 oportunidades. Os recursos ilícitos eram divididos entre o ex-gerente e integrantes dos Partidos dos Trabalhadores (PT), segundo o MPF.
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