Outra iniciativa adotada durante a pesquisa sul-coreana foi submeter jovens considerados dependentes a nove semanas de um tipo de terapia comportamental cognitiva modificada, a partir de um programa indicado para o vício em jogos eletrônicos. Paralelamente, eles também responderam testes para medir o quanto a sua dependência em internet e smartphones afetava a sua rotina diária, vida social, produtividade, padrões de sono e estado emocional. “O que se se verificou foi que, em maior ou menor grau, todos os participantes apresentavam sintomas, como depressão, ansiedade, insônia e impulsividade”, acrescenta o radiologista do HCor.
Os jovens dependentes ainda realizaram um número maior de exames de ERM – um antes e outro depois da terapia comportamental. Já entre os pacientes do controle saudável passaram apenas por um único estudo ERM. Em ambos os casos o objetivo foi medir níveis de ácido gama aminobutírico ou GABA (neurotransmissor capaz de inibir ou retardar sinais cerebrais e glutamato (Glx), cuja atuação no cérebro faz com que os neurônios se tornem mais excitados eletricamente. “Estudos anteriores sugeriram que o GABA tem relação com a visão, com o controle motor e com a regulação de várias funções cerebrais, o que inclui a ansiedade”, afirma o médico.
Os resultados da ERM então revelaram que, em comparação com os controles saudáveis, a proporção de GABA para Glx foi significativamente aumentada no córtex cingulado anterior de jovens dependentes de smartphones e internet antes da terapia. “O excesso de GABA pode resultar em uma série de efeitos colaterais que incluem sonolência e ansiedade. Portanto, podemos afirmar que os resultados dessa pesquisa podem não só nos ajudar a entender melhor quais os reais efeitos do uso excessivo de smatphones, entre a juventude e a adolescência, mas também nos fornecer informações úteis para o tratamento deste novo tipo de dependência”, conclui o radiologista do HCor.
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