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Junto há oito meses, casal se conheceu quando as duas trabalhavam no mesmo hotel, no Uruguai, um mês antes do retorno de Raphaella ao Brasil. Elizabeth era bartender e a recifense, recepcionista. A uruguaia, por coincidência, conseguiu um emprego para a numa pizzaria do Rio de Janeiro e Raphaella decidiu ir junto.
A estrutura de metal que carrega os pertences das duas e onde foi colocada a caixa que transporta a gata adotada pelas duas foi completamente desenvolvida por Elizabeth, que precisou ir numa oficina apenas para soldar a base do equipamento.
Raphaella e Elizabeth levaram 21 dias para pedalar do Ceará até o Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press) “O emprego não deu certo e fomos para o Ceará, com a promessa de outra vaga profissional. Lá, passamos quatro meses, economizando para comprar as bicicletas. Decidimos fazer a viagem e montei a estrutura. Levamos um colchão, uma barraca, uma caixa com comida e água e ferramentas para possíveis quebras das bicicletas. Vendemos as roupas no caminho, para juntar mais dinheiro e se livrar do peso”, diz Elizabeth.
As duas levaram 21 dias para pedalar do município de Aquiraz, na Grande Fortaleza, até o Recife, passando pelos sertões do Ceará, Rio Grande do Norte e, finalmente, Pernambuco, onde pretendem passar duas semanas, para visitar a família e amigos de Raphaella.
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Durante a viagem, o casal costuma dormir na barraca trazida de casa, em postos de gasolina nas rodovias por onde pedala, e com amigos que fazem ao longo do caminho. A ideia é parar nas casas de conhecidos para diminuir os custos, com o intuito de também visitar os familiares de Elizabeth, no Uruguai.
“No meio da tarde, costumamos procurar um lugar, montar a barraca e dormir. Uma vez, em Beberibe, no Ceará, pedimos um copo d’água na casa de uma senhora e acabamos montando a barraca no quintal dela. Tomamos café da manhã com os quatro filhos dela e ainda tiramos mangas do pé, para a viagem. Conhecemos muita gente no caminho. Não temos prazos, porque há lugares em que ficamos mais e fazemos paradas para vender artesanato e sabonetes produzidos por nós ao longo do caminho, para custear o que gastamos com a viagem”, diz Raphaella.
No roteiro, estão Uruguai, Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e México, além de mais de dez estados brasileiros. O casal vai passar por alguns países da América Central de ônibus, por causa da violência nessas localidades. Registrando a viagem no Instagram, as viajantes também contam com o apoio de seguidores, que sabendo onde elas estarão, aguardam para oferecer comida e mantimentos.
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"Conhecemos um senhor chamado Jorge, que também é ciclista amador e seguia nosso perfil. Nós sempre dizemos para onde estamos indo e ele nos esperou para oferecer água e isotônicos, que utilizamos muito para que o corpo aguente a viagem", afirma a uruguaia. Em conjunto com os isotônicos, para encarar os milhares de quilômetros que pretendem percorrer, Elizabeth e Raphaella aprenderam a utilizar as propriedades da planta chamada 'moringa', cujas sementes são espalhadas por elas em diferentes localidades.
“É uma planta que tem muitas propriedades e é rica nas vitaminas B e C. Usamos as folhas da planta maceradas na água para purificá-la e nos alimentar. Tem todas as vitaminas que precisamos e pode matar a fome de muita gente", explica Elizabeth.
Sobre a motivação de viajar 'sem planos', a recifense explica que foi incentivada pelas experiências da companheira, que viajou pela Europa, também de bicicleta, e por outros países da América Latina. “A bicicleta sempre foi meu principal meio de transporte, quando morava no Recife. Elizabeth já subiu a Cordilheira dos Andes três vezes desta forma. Assim, me incentivei", completou Raphaella.
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