Reunião sobre reajuste da passagem aconteceria nesta sexta (6), mas foi cancelada após decisão. Conselheiros não teriam recebido planilha de custos antecipadamente. Manifestantes fizeram protesto no local.Uma Liminar determina que aumento da tarifa não seja discutido até que todos os conselheiros tenham acesso a Planilhas de Custos de Operação e Receitas do Sistema de Transporte Metropolitano (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press) liminar emitida pelo 4º Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital proibiu que o Conselho Superior de Transportes Metropolitano discutisse e definisse, nesta sexta-feira (6), o reajuste da passagem de ônibus no Grande Recife. A reunião só pode ser realizada para decidir essa questão após apresentarem a planilha com os custos do serviço. O encontro, que estava marcado para acontecer no Centro de Convenções, em Olinda, foi cancelado após uma série de manifestações dentro do espaço.
A decisão do juiz Heriberto Carvalho Galvão prevê que a reunião só pode ser remarcada três dias após a entrega da planilha. A liminar foi solicitado por estudantes para entender os motivos para o aumento de quase 34% solicitado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) nas tarifas e, assim, apresentar uma contra proposta. Com o reajuste proposto pela Urbana, a tarifa A passa de R$ 2,80 para R$ 3,75, a B de R$ 3,85 para R$ 5,15, a D de R$ 3 para 4 e a G de R$ 1,85 para R$ 2,47. "Não aguentamos essa situação. Os estudantes e trabalhadores não tem condição de pagar esses valores", disse o conselheiro representante dos estudantes, Márcio Morais.
Os estudantes reivindicam uma promessa de campanha do governador Paulo Câmara (PSB) de ter uma tarifa unificada sob o valor de R$ 2,15."Precisamos dessa planilha para que possamos debater. O aumento vem acontecendo de três anos para cá, mas não existe a transferência para o usuário da qualidade do serviço. Ele vem se locomovendo dentro de uma lata de sardinha, as mulheres sendo vítimas de abuso e assaltos constantes. Só queremos que o governador cumpra com a sua palavra", completou Morais.
Sob palavras de ordem como "Paulo mentirinha", o Centro de Convenções virou palco de protestos. Os estudantes estenderam faixas que pediam qualidade no transporte público. Representantes do Conselho como André Milibeu, diretor de operações do Grande Recife, foram seguidos por militantes ao deixarem a reunião. O clima ficou tenso e foi necessária a escolta da Polícia Militar.
Os organizadores do protesto não informaram quantas pessoas participaram do ato. A Polícia Militar também não divulgou números.
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