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Secretária de Goiana se apresenta à polícia e é levada para a Colônia Penal Feminina do Recife

28 de dezembro de 2016

/ by visao surubim
Segundo o site http://g1.globo.com/pernambuco:

Marlize do Carmo Mainardis é suspeita de integrar um esquema de fraude de licitação no município que teria movimentado R$ 200 mil, segundo a polícia.A secretária de Urbanismo, Obras e Patrimônio Arquitetônico de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, se entregou à Polícia Civil no início da tarde desta quarta-feira (28). Um dos alvos da ‘Operação Imothep’, que investiga um esquema de fraude de licitação no município que movimentou mais de R$ 200 mil, Marlize do Carmo Mainardis se entregou na delegacia de Goiana por volta do meio-dia. [Veja vídeo acima]        Ainda durante a tarde, ela foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, na Zona Oeste da capital pernambucana. Dos cinco mandados de prisão preventiva, apenas um falta ser cumprido: a de um engenheiro suspeito de participação no esquema criminoso, que continua foragido. 


G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Goiana, mas não obteve retorno às ligações. A reportagem também tentou localizar o advogado da secretária, mas não obteve êxito.

Também estão presos dois sócios de uma empresa contratada pela secretária e uma arquiteta. Os suspeitos responderão pelos crimes de falsidade ideológica, corrupção passiva, usurpação de função pública, além de violação da Lei de Licitações. 

operação foi deflagrada na terça-feira (27), quando foram cumpridos três mandados de prisão, além de outros sete mandados de busca e apreensão no município e em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.Delegados detalharam o esquema que teria desviado recursos públicos da Prefeitura de Goaiana (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)O esquema
Em coletiva no Recife nesta quarta, o delegado de Goiana, Thiago Uchôa, explicou que um arquiteto que havia trabalhado e sido exonerado da prefeitura em 2013, foi contratado novamente, em 2015, como pessoa jurídica. Como comissionado, o arquiteto recebia um salário de R$ 1.900 - o valor subiu para R$ 12 mil, quando foi contratado para realizar consultoria em arquitetura em obras no município. 

Porém, as atividades, segundo a polícia e funcionários da própria prefeitura, poderiam ser desempenhadas pelos servidores do quadro permanente do órgão. De acordo com o delegado, parte desse valor ia para outros dois suspeitos, uma arquiteta e um engenheiro, e há provas nos autos que a secretária cobrava esse dinheiro através de uma mulher. 

Ainda segundo Uchôa, até o processo de contratação da secretária pode ter sido irregular, já que ela tinha vínculo com as prefeituras de Petrolina e Casa Nova, na Bahia, mas o cargo em Goiana exigia dedicação exclusiva. 

Também de acordo com o delegado, a secretária abriu a licitação com o valor de R$ 148 mil, para poder convidar apenas três empresas. Mas duas delas não tinham funcionários declarados e, por isso, não tinham capacidade para cumprir as atribuições. Após o contrato de R$ 148 mil, referente à contratação da consultoria, foi inserido um aditivo de R$ 80 mil. 

O assessor de Controle Externo do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Walter Martins, explicou que uma auditoria foi instaurada para apurar a questão do convite para a licitação, que está sendo investigado pela polícia. As obras na feira e a construção de uma praça na cidade, vistoriadas pela mesma empresa, também serão analisadas. 

SpectrumsEm agosto deste ano, a Polícia Civil já havia deflagrado uma operação para desarticular uma associação criminosa suspeita de desviar dinheiro público em Goiana. Nas investigações, realizadas simultaneamente na Mata Norte e em João Pessoa, na Paraíba, foi apurado que houve o desvio de, pelo menos, R$ 2,5 milhões, repassados a contas de funcionários fantasmas. 

Na 'Operação Spectrums', foram presos seis homens e seis mulheres, sendo um deles o administrador da folha de pagamento do município. Tablets, computadores, documentos e smartphones foram apreendidos e passaram por análise, levaram a polícia a crer que a esposa, a sogra, a mãe, os irmãos, primos e algumas amigas do administrador também eram beneficiados pelo desvio de dinheiro. Os suspeitos respondem pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

                                            

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