Já o B passaria de R$ 3,85 para R$ 5,15. A proposta deve ser discutida só nos primeiros dias de janeiro pelos integrantes do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), responsáveis por votar o reajuste da passagem. Na prática, porém, tende a ser derrubada por um índice menor apresentado pelo Governo do Estado.
Os empresários de ônibus se justificam indicando uma defasagem histórica. Dizem que, de 2006 para cá, o aumento acumulado da passagem foi de 69,7%, enquanto os custos das operadoras com pessoal (120,7%) e aquisição de ônibus do tipo padrão (60%) cresceram mais. Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desse período foi de 91,10%.Empresários do transporte de passageiros querem propor para 2017 um aumento de 33,9% mas tarifas de ônibus na RMRFoto: Úrsula Freire/Folha de Pernambuco
Outro fator foi a queda do número de passageiros pagantes “sem que tenha havido alteração significativa na oferta do serviço” e “no custo total da operação”, conforme comunicado da Urbana-PE. Neste ano, a redução de demanda de usuários foi de 10%, e a projeção para 2017 é de 5%.
Nos últimos seis anos, a curva para baixo foi de 25%. “Nesses anos todos, nunca vi uma queda tão assustadora na demanda como esta, sobretudo em meses como setembro, novembro, dezembro. É resultado de uma crise profunda, que tem afastado os passageiros. Diante de tudo isso, o sistema necessita urgentemente de um reequilíbrio”, avalia o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira.
Outro fator foi a queda do número de passageiros pagantes “sem que tenha havido alteração significativa na oferta do serviço” e “no custo total da operação”, conforme comunicado da Urbana-PE. Neste ano, a redução de demanda de usuários foi de 10%, e a projeção para 2017 é de 5%.
Nos últimos seis anos, a curva para baixo foi de 25%. “Nesses anos todos, nunca vi uma queda tão assustadora na demanda como esta, sobretudo em meses como setembro, novembro, dezembro. É resultado de uma crise profunda, que tem afastado os passageiros. Diante de tudo isso, o sistema necessita urgentemente de um reequilíbrio”, avalia o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira.
“Num sistema metropolitano como o nosso, a tarifa é a terceira mais barata do País e a segunda mais baixa do Nordeste, menor até que cidades menores da nossa região”, completa o gestor. A Urbana-PE ainda afirma que o “acumulado desequilíbrio econômico-financeiro” tem “repercussão direta na qualidade do serviço prestado” e que o setor também tem sido afetado pela “caótica situação da mobilidade urbana na RMR, que possui insuficiência de corredores e faixas exclusivas para o transporte coletivo”.
Na semana passada, como incentivo a fabricantes e transportadores, o Governo Federal anunciou R$ 3 bilhões para a modernização de, ao menos, 10% da frota de ônibus em circulação em todo o País. Ainda assim, segundo Bandeira, há incertezas. “É algo muito positivo, mas é para frente. Ainda não se anunciou taxas, juros”, declara, acrescentando que o percentual de 33,9% que será pleiteado visa a cobrir custos com pessoal, veículos e combustível, além da projeção de queda de demanda.
No início de 2016, o setor pediu 32% de reajuste tarifário, mas o CSTM votou por 14,42%. Foi menor que a proposta da Urbana-PE, mas superior ao IPCA do ano anterior, de 10,7%. O aumento nesses termos fugiu da prática, adotada pelo Governo do Estado desde 2007, de realinhar a tarifa com base apenas na inflação. Se assim continuasse, com um IPCA acumulado de 6,9% nos últimos 12 meses, a tarifa A, em 2017, seria elevada para R$ 3.
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