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Morre no Rio aos 72 anos Carlos Alberto Torres, o capitão do tri

26 de outubro de 2016

/ by visao surubim
Segundo o site http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia:

Como treinador, foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 83. 
Corpo do Capita, como era chamado, é velado na sede da CBF.Resultado de imagem para Foto Morre no Rio aos 72 anos Carlos Alberto Torres, o capitão do triO futebol brasileiro perdeu nesta terça-feira (25) o capitão do tri, Carlos Alberto Torres. O homem que levantou a taça Jules Rimet em 1970, no México, teve um infarto.

Mulher, dois filhos, quatro netos, milhões de fãs. São os que ficam. Carlos Alberto Torres já chegou ao hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, sem tempo de se despedir. Durante meia hora, os médicos tentaram reanimá-lo. Às 11h30, um dos maiores laterais da história saía de cena.
Na sede da CBF, bandeiras a meio mastro. Foi onde, no fim da tarde, começou o velório de Carlos Alberto. Ali mesmo, no museu da entidade, o capitão do tricampeonato mundial segue eterno, beijando e dando uma voltinha na Jules Rimet para deixar a taça bem de frente para o mundo ver. 
Uma camisa de 46 anos, usada naquele 21 de junho de 1970. O dia do tri. A camisa é assinada pelo dono, Carlos Alberto. Um nome comum no Brasil, mas o apelido, que me desculpem os outros capitães, é só dele.
Capita. Há quase 50 anos, era assim que o mundo do futebol o chamava. Quantos foram os capitães consagrados do Brasil... Mas o Capita, assim, abreviado, era a melhor maneira de se dirigir a esse carioca de 72 anos, o comentarista do canal por assinatura SporTV que até domingo (23) ostentava a patente inseparável.
“Hoje não vou capitanear, vou só distribuir o jogo, porque capitão já tem, tem o Carlos Alberto Torres com a gente. Fala capitão, tudo bem?”, pergunta o apresentador.
“Tudo joia, graças a Deus”.

Revelado pelo Fluminense, foi no Santos de Pelé que Carlos Alberto se destacou.
Pela seleção, jogou uma Copa só. E não foi pouco. O último gol do lendário time do tri em 70 foi a síntese do encantamento coletivo que o time produzia. O quarto gol da goleada sobre a Itália.
O passe de Pelé foi sucedido não por um chute, apenas. Era um desabafo, era soltar a perna para encerrar um dos maiores espetáculos da história do futebol.
“Saiu aquele balaço, que eu mesmo fiquei bobo. Como é que eu chutei isso”, disse.

O jogador Carlos Alberto Torres encerrou a carreira no Cosmos, dos Estados Unidos, onde jogava com Pelé.
Arriscou carreira política. Foi vereador no Rio.
“Eu larguei o futebol naquela ocasião para ser candidato e me elegi. Foi a maior besteira que eu fiz na minha vida. Nunca devia ter largado o futebol, que é a coisa mais saudável que tem”, dizia.
Como treinador, campeão brasileiro pelo Flamengo em 83.
Um homem do futebol, um gênio em sua posição.
Nesta terça, no mundo do futebol, a braçadeira de capitão está com cara de tarja de luto. O Capita se foi.
Amigos lamentam a morte do Capita
A morte do capitão do tri foi muito sentida pelos companheiros dele na inesquecível campanha de 1970.
“O futebol brasileiro está chorando pela perda de seu melhor lateral direito de todos os tempos, e eu chorando pela perda de um grande parceiro”, disse Jairzinho.
“Uma perda irreparável não só para o futebol brasileiro, mas como personalidade, pelo seu posicionamento, suas atitudes”, declarou Paulo César Caju.
Pelé, em nota, se disse triste com a morte do amigo-irmão, o querido Capita. E lembrou dos tempos em que estiveram juntos no Santos, na Seleção e no Cosmos de Nova York, formando uma parceria vencedora.
“Infelizmente a gente tem que entender isso e que a vida continua”, completou Pelé.
Numa rede social, o alemão Franz Beckenbauer escreveu: “Muito chocado, era um irmão para mim, um de meus melhores amigos”.
Na imprensa internacional, os italianos lembraram do gol que fechou a goleada de quatro a um do Brasil sobre a Itália na final da Copa de 70.
Franceses, espanhóis e americanos também registraram a perda de um dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro.
A Fifa publicou em seu site um texto em que chama Carlos Alberto de "o grande capitão".
“Ele sabia administrar dentro e fora de campo: como ia conversar com Pelé, conversar com Zagallo, com o próprio Parreira e com a cúpula da seleção brasileira”, lembrou Gerson
Carlos Alberto vinha participando de um grupo que debatia soluções para os problemas do futebol brasileiro. Essas reuniões aconteciam na sede da Confederação Brasileira de Futebol, que colocou as bandeiras a meio mastro e anunciou que os jogos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro terão um minuto de silêncio como homenagem póstuma. 

“Nós faremos absolutamente tudo que o Capita mereceu e merece. Nós queremos que ele seja uma figura permanente, inspiradora daquilo que ele fez de contribuição para o nosso futebol”, afirmou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Jogador, técnico, comentarista. Uma vida dedicada à maior paixão.
“A gente lamenta muito, mas o Carlos Alberto fez história no futebol brasileiro, vai deixar uma recordação muito grande por tudo de bom que ele fez. Era uma personalidade maravilhosa, era um homem irreverente que não tinha medo de expressar suas próprias ideias”, disse Carlos Alberto Parreira.
Muitos momentos naquele período em que ele era treinador eu ficava parado pensando ‘Eu não acredito que é o Carlos Alberto que está me treinando aqui’”, lembrou Casagrande.
“Além de ele ser capitão dentro de campo, foi era um líder nato, era uma pessoa incrível fora do campo. Isso eu acho que é uma coisa importante também. Quando precisava de um abraço, ele dava; quando precisava de uma bronca, ele dava, ele tinha essa postura”, afirmou Rivelino.
“É por isso que ele era e sempre será o nosso capitão”, completou Gerson.

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