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Copom deve iniciar ciclo de corte de juros nesta quarta, prevê mercado

19 de outubro de 2016

/ by visao surubim
Segundo o site http://g1.globo.com/economia/noticia:

Se confirmada, será a primeira redução da taxa Selic em quatro anos.
Mesmo com corte, Brasil continuará na liderança mundial dos juros reais.

Resultado de imagem para foto Copom deve iniciar ciclo de corte de juros nesta quarta, prevê mercadoO Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem seu segundo dia de reunião nesta quarta-feira (19) e a expectativa dos economistas do mercado financeiro é de que, ao final dela, seja anunciada a redução dos juros básicos da economia, atualmente em 14,25% ao ano. Se confirmado, será o primeiro corte nos juros em quatro anos.
Apesar de grande parte dos economistas preverem uma redução na taxa Selic, não há consenso sobre o tamanho do corte. Alguns estimam uma diminuição de 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. Outros preveem um corte mais ousado, de 0,50 ponto percentual, o que levaria a Selic para 13,75% ao ano.
Copom deve anunciar a nova taxa de juros por volta das 18h desta quarta.
Para os economistas dos bancos, este será o primeiro de uma série de cortes nos juros básicos da economia. A estimativa é de que o Copom, que se reúne a cada 45 dias, continuará a reduzir a Selic até setembro de 2017, quando a taxa deverá estar, pelas previsões, em 11% ao ano.
Taxa de juros é mantida a 14,25% pela nona vez seguida (Foto: Arte/G1)
Sistema de metas
O Banco Central toma as decisões sobre a taxa de juros olhando para a frente e tendo como objetivo cumprir as metas de inflação previstas pelo sistema em vigor no país. Para 2016, 2017 e 2018, a meta central é de inflação em 4,5%. Entretanto, o sistema prevê um piso e um teto, que é de inflação em 6,5%, em 2016, e em 6% em 2017 e 2018.
Isso significa que se a inflação deste ano, por exemplo, superar o alvo central de 4,5% mas ficar abaixo de 6,5%, o BC terá cumprido a meta. Entretanto, mercado estima um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao redor de 7% para 2016.
As decisões da autoridade monetária sobre a taxa básica de juros surtem efeito pleno em seis a nove meses. Assim, o BC já está mirando, neste momento, a meta de inflação de 2017, e não a deste ano.
Crise econômica
A aposta do mercado de que os juros começarão a cair tem por base o cenário de baixo nível de atividade, que se reflete na inflação corrente e nas estimativas para os próximos anos, e também na taxa de desemprego, que segue em patamar historicamente elevado. Além disso, consideram outros fatores, como a aprovação da PEC do teto de gastos públicos em primeiro turno na Câmara dos Deputados, e a redução do preço da gasolina.
"Não há garantia forte de que a gente consiga convergir para o centro da meta de 4,5% em 2017. O IPCA deve fechar entre 5,5% e 6%, dentro do limite da inflação. Essa expectativa do que está por vir dá essa liberdade de o BC já começar a agir agora", avaliou o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz.
Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, além da surpresa do IPCA de setembro, que ficou em 0,08%, a PEC do teto avançou "de modo mais confortável do que o esperado, e a Petrobras anunciou redução dos preços de gasolina e diesel na refinaria".  "Os preços dos alimentos no atacado também vêm tendo comportamento benigno. A votação no Copom deve ser consensual", acrescentou ele em comunicado.
Juros reais mais altos do mundo
Mesmo com uma redução nesta quarta-feira, o Brasil permanecerá na liderança disparada do ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.
Se o corte for de 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano, a taxa de juros real será de 8,49% ao ano e, se a redução for de 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, os juros reais brasileiros serão de 8,25% ao ano.
Previsões do Mercado para a Selic
Estimativa para as próximas reuniões do Copom
1413,51312,51211,511,25111111%OUT/16NOV/16JAN/17FEV/17ABR/17MAI/17JUL/17SET/17OUT/17DEZ/17111213141015
Fonte: Banco Central
Em ambos os casos, permanecerão bem acima do segundo colocado, que é a Rússia, com 4,27% ao ano, seguida pela Colômbia, com 3,61% ao ano. Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 1,9% ao ano.
Consequências do corte de juros
Segundo economistas, a queda dos juros poderá ajudar na recuperação da economia brasileira – que atravessa a maior recessão de sua história – por meio do aumento da confiança dos investidores e do recuo dos juros bancários. Além disso, poderá resultar em menos pressões de alta do dólar, contribuindo para impedir a volta da inflação no futuro. A redução também resultará em pagamento menor de juros pelo setor público.
De acordo com o diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a queda da taxa Selic não tende a impactar, pelo menos em um primeiro momento, os juros bancários – que estão em patamar recorde. Mas, se as reduções persistirem no futuro, poderão pressionar para baixo os juros dos bancos.
Para o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz, a queda dos juros, juntamente com os avanços no ajuste fiscal e no recuo da inflação, contribuem para aumentar o nível de confiança da economia brasileira – que já vem se refletindo nos prêmios de risco do mercado internacional (CDS brasileiro). Ele acrescentou, porém, que para que isso tenha continuidade o governo "tem de começar a tirar do papel as promessas e entregar os resultados".
Outra consequência do corte da taxa Selic pelo Banco Central, de acordo com Caparoz, é a redução nas despesas de juros da dívida pública. Ele lembrou que mais de R$ 600 bilhões em dívida em mercado estão atrelados à taxa básica de juros da economia. Com sua queda, recua também o pagamento de juros. A estimativa é de que um corte de 0,25 ponto percentual na Selic reduza essa despesa em R$ 1,5 bilhão em 12 meses.
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