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Dólar vai a R$ 3,21 e acumula queda de mais de 11% no mês

30 de junho de 2016

/ by visao surubim

É o maior recuo mensal em 13 anos; no semestre queda é de 18,61%.
Moeda norte-americana fechou em queda de 0,73%, a R$ 3,2133O dólar fechou em queda pelo 3º dia seguido nesta quinta-feira (30), renovando mínimas em quase 1 ano e acumulando no mês de junho um recuo de mais de 11%, a maior desvalorização mensal em 13 anos.

A moeda dos Estados Unidos terminou o dia em queda de 0,73%, vendida a R$ 3,2133 – menor nível de fechamento desde 21 de julho de 2015 (3,1732 reais). Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 3,1830. Veja a cotação do dólar hoje.              Dólar nos últimos dias
Cotação de fechamento em R$
3,4683,41963,39893,40543,37633,34383,37853,39313,30453,2373,2133cotação16jun17jun20jun21jun22jun23jun24jun27jun28jun29jun30jun3,23,253,33,353,43,453,5
Gráfico elaborado em 30/06/2016
No mês de junho, o dólar recuou 11,05% frente ao real, o maior recuo mensal desde abril de 2003, segundo a Reuters.
Já a Bovespa fechou em alta de 1,03%, acumulando valorização de 18,8% no 1º semestre.
Queda de 18,61% no semestre
No 1º semestre e no acumulado do ano, o dólar tem desvalorização de 18,61%.
"Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir", disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Operadores acreditam, no entanto, que a moeda norte-americana não deve se afastar muito do patamar atual no curto prazo, seja para cima ou para baixo, destaca a Reuters.
Embora incertezas sobre o futuro do Reino Unido após a opção por deixar a União Europeia (UE) permaneçam, a perspectiva de estímulos no resto do mundo tende a manter as cotações perto das mínimas em quase um ano.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,32%, a R$ 3,2267
Às 10h, queda de 0,27%, a R$ 3,2284
Às 11h, queda de 0,83%, a R$ 3,2102
Às 11h56, queda de 1,22%, a R$ 3,1976

Às 13h10, queda de 0,94%, a R$ 3,2064
Às 14h, queda de 1,65%, a R$ 3,1835 

Às 15h, queda de 0,75%, a R$ 3,2125
Às 15h40, queda de 1,14%, a R$ 3,20
Às 16h10, queda de 0,62%, a R$ 3,1835

 
Cenário externo e interno
Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia. O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dias seguintes.
Outro motivo apontado por analistas é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva umaentrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda norte-americana tende a cair em relação ao real.
"A impressão que dá é que o mercado virou a chave em relação ao Brasil", disse à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold. "Pode haver exageros, como vimos hoje mais cedo, mas se o BC continuar ausente e não tivermos grandes surpresas na política, parece que o dólar de fato mudou de patamar".
Ausência de intervenção do BC
A inação do BC, sob o comando de Ilan Goldfajn, no mercado cambial diante do recuo recente da moeda norte-americana também vem contribuindo para manter o dólar em patamares baixos. Muitos operadores esperavam que a autoridade monetária agisse para amortecer a queda do dólar, com medo de impactos sobre as
exportações.
O BC não faz leilão de swap reverso, que equivale a compra futura de dólares, desde 18 de maio. Este era o instrumento que o BC, quando era comandado por Alexandre Tombini, estava usando para segurar maiores quedas do dólar.
"Embora a equipe econômica possa não estar ativamente perseguindo (o dólar mais fraco), parece improvável que aja para reverter a tendência atual, já que pode ajudar a ancorar as expectativas de inflação no longo prazo", escreveram analistas da consultoria de risco político Eurasia Group em relatório.
O banco JPMorgan espera que o dólar termine o terceiro trimestre a R$ 3,35 e avance para R$ 3,50 ao fim deste ano.
Nesta sessão, operadores citaram ainda a perspectiva de o BC estabelecer para 2018 meta de inflação mais baixa do que a de 2017. Com isso, cresceram as expectativas de que os juros básicos demorarão mais para cair, o que tende a sustentar a atratividade de ativos brasileiros.

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