Naquele ano, o crescente desmatamento da Amazônia atingiu seu pior resultado desde 1995, com 27.700 quilômetros quadrados de área devastada no ano. Desde então, houve sucessivas quedas e apenas três altas, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais): uma em 2008, quando o desmatamento cresceu 10,8% (12.911 quilômetros quadrados desmatados); outra em 2013, a maior desde então, de 28,8% (5.891 quilômetros quadrados); e em, 2017, a alta de 28,7% (7.989 quilômetros quadrados) em relação a 2015.
Marina foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008. Ela estava à frente do ministério quando o desmatamento atingiu o pico de 2004. No mesmo ano, foram criados dispositivos para controlar o problema, dentre eles a lista de municípios críticos — ou seja, os que mais desmataram a floresta amazônica. De 2004 a 2008, quando Marina deixou o ministério, a redução do desmatamento foi de 53,5%.
Legislação ambiental. Uma das maiores polêmicas da agenda ambiental do governo Dilma Rousseff foi a modificação do Código Florestal, em 2012. Um estudo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) mostra que a lei “anistiou” 41 milhões de hectares: esse é o tamanho da área que foi desmatada ilegalmente até 2008, mas foi liberada da necessidade de restauração com a mudança da lei.
Nenhum comentário
Postar um comentário