O mercado prevê grande expectativa de abertura da economia brasileira para os próximos anos. Recentemente, por exemplo, a União Europeia firmou acordo com o Mercosul,
e a previsão é que mais de U$ 80 bilhões sejam investidos no Brasil. No entanto, para chamar a atenção de investidores, as organizações brasileiras perceberam a importância de implementar em suas estruturas corporativas um programa de integridade que possa
delimitar regras éticas, incentivar a transparência e gerenciar os riscos. Esse programa é chamado de
Compliance. Renato Thé é especialista em auditoria e diretor de compliance
da UGP Brasil, empresa especializada em licitações, contratos e oferta de programas de integridade. Segundo ele, a grande maioria das organizações que operam em negócios internacionais utiliza essa ferramenta de gestão como instrumento de conduta e geração
de riqueza. A valorização do programa de integridade tornou-se regra no mundo corporativo. No Brasil, de acordo com um levantamento da KPMG Auditoria, realizado em 2017, das cerca de 450 empresas avaliadas, apenas 9% não possuíam programa de integridade.
Licitações internacionais e recursos estrangeiros são uma mão na roda da economia brasileira. Um dos principais agentes de investimento, por exemplo, é o BIRD,
o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento. Nesse ano, a instituição investiu cerca de U$ 50 milhões no Programa Paraíba Rural Sustentável, no estado da Paraíba. Mas para garantir o investimento por parte do BIRD e de outras agência de fomento,
as organizações beneficiadas precisam seguir uma série de regras e condutas éticas, denominadas
Safeguards, um instrumento similar ao
compliance.
Transparência nos setores público e privado
O
compliance
ainda não é obrigatório para definir as negociações entre organizações nacionais e internacionais,
porém, já é um dos principais critérios adotados. Em relação às instituições públicas, as regras envolvendo a implementação do programa de integridade são mais claras. Como é o caso do Governo do Distrito Federal (GDF), que passou a exigir o programa em todos
os órgãos diretos que fazem parte da sua estrutura. Além de exigir que empresas, ao firmar contratos públicos com o DF, possuam essa prática.
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