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Órgão estadual responsável por barragem na Bahia nega rompimento

13 de julho de 2019

/ by visao surubim
Segundo o site https://www.noticiasaominuto.com.br: A Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec) negou a informação de rompimento da barragem
U
ma barragem transbordou nesta quinta-feira, 11, no distrito de Quati, na cidade de Pedro Alexandre (BA), localizado a 437 quilômetros de Salvador. Não há relatos de mortes nem feridos. A cidade vizinha de Coronel João Sá foi atingida por alagamentos e a Prefeitura estima que 150 famílias tiveram de deixar suas casas, às margens do Rio do Peixe.                                                                                                                                        
A Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec) negou a informação de rompimento da barragem, que circulou nesta quinta. O órgão reconheceu que havia rachaduras na estrutura, mas diz que o excesso de chuvas na região provocou um "galgamento", quando a água transborda a parede do açude.
"Não há rompimento", diz o superintendente-adjunto Vitor Gantois, da Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec). "Há rachaduras nas laterais, que ainda não conseguimos vistoriar."
A barragem, que transbordou às 11h, pertence ao governo do Estado da Bahia. A barragem de água no distrito de Quati. A coordenadora da Defesa Civil de Pedro Alexandre, Carla Leão, diz que a chuva atingiu cerca de 100 milímetros em 24 horas na região. "Desde as 7h20 nós já estávamos avisando a população da região. Fomos avisando via internet e ligando para que os moradores deixassem suas residências", disse Carla.
De acordo com a Defesa Civil local, sete casas nos povoados de Quati e Boa Sorte ficaram inundadas e a região segue ilhada pela quantidade de água e lama.
Já em Coronel João Sá, foram ao menos 150 casas atingidas. A chuva ainda atinge a região na noite desta quinta, 11, e o nível do rio continuou subindo ao menos até as 18h50. A cidade decretou situação de emergência e deslocou cerca de 500 pessoas até cinco escolas municipais no local.
Segundo o prefeito de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral, não há necessidade de remover pessoas no centro da cidade, e as escolas municipais têm capacidade para receber mais pessoas.
"A prioridade, nesse momento, é fornecer assistência às pessoas: colchão, cobertores, mantimentos, água e roupas", disse o prefeito. "Quando as águas baixarem, e não sabemos se isso vai acontecer amanhã (sexta) é que nós vamos ter uma noção dos prejuízos causados, tanto ao município quanto às pessoas."
Na cidade, de 17,5 mil habitantes, as pessoas foram sendo avisadas sobre "um rompimento" da barragem por mensagens de celular. "Estava almoçando quando vi um vídeo do prefeito pedindo para a cidade ser evacuada", conta o professor Seltom Romulo Andrade de Abreu, de 34 anos. Ele, que é dono de uma escola na cidade, foi correndo para o local de trabalho, que era um dos pontos baixos da cidade e passível de ser alagado. "Como a barragem fica distante, a água não chegou de uma vez. Foi alagando", conta.
Dessa forma, deu tempo para que ele e vizinhos, em solidariedade, retirasse móveis e computadores. "A primeira coisa que eu peguei foram os documentos, que não daria para recuperar", conta. "Estava chovendo há uma semana. No lugar onde fica a escola, nunca havia alagado antes", contou o professor, no começo da noite, por telefone, enquanto estava no ginásio da cidade, para onde os desabrigados foram levados. "Arrumaram alimentação e roupas para as pessoas aqui, mas a água está baixando", afirmou.
Segundo a Secretaria de Assistência Social do município, a operação para retirada dos moradores à beira do Rio do Peixe teve início às 7h, quando o município foi informado sobre o risco iminente na barragem. Uma idosa que mora em uma rua atingida pela enchente quase se afogou, segundo a Prefeitura, mas o Corpo de Bombeiros, conseguiu resgatá-la.
De acordo com a Secretaria de Comunicação do governo da Bahia, a barragem do Quati foi construída pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculado ao governo estadual, e entregue em novembro de 2000 à Associação de Moradores da Comunidade de Quati. É uma barragem pequena, com menos de 200 hectares, e não chega a ser classificada dentro da Lei Nacional de Barragens.
Ainda segundo o governo, o que houve nesta quinta foi um transbordamento devido aos temporais dos últimos dias, mas a barragem não chegou a romper. Em nota, foi informado que o governador Rui Costa (PT) irá visitar na manhã desta sexta as cidades de Coronel João Sá e Pedro Alexandre, afetadas pelas fortes chuvas e pelo transbordamento da barragem. O governo estadual disse, ainda, que responsabilidade sobre a barragem é do município, uma vez que foi entregue à comunidade.
Foram enviados efetivos do Corpo de Bombeiros, técnicos da Defesa Civil Estadual e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). O governador também prometeu o envio de mantimentos e água mineral para Coronel João Sá.
A Agência Nacional de Águas (ANA) disse que a barragem não consta do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (Snisb) e que, portanto, não tem informação sobre risco ou dano potencial da sua estrutura. Em nota, a agência informou que tomou conhecimento do problema na barragem Quati e que acompanha a situação.
A Sudec informou que a grande quantidade de lama nas estradas dificulta o acesso e o atendimento à população. Temendo que o lamaçal alcance a cidade, o prefeito de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral, usou as redes sociais para alertar a população a procurar ajuda. Na postagem, o gestor cita as escolas municipais disponíveis para acolher a comunidade.
A água bloqueou a rodovia BR-235, na altura do quilômetro 25, trecho que liga os municípios de Jeremoabo (BA) e Carira (SE). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, a estrada está intransitável nos dois sentidos por causa do transbordamento do Rio do Peixe. Uma equipe da PRF foi deslocada até o local.
Uma moradora de Coronel João Sá diz que a água na cidade segue subindo na tarde desta quinta, cerca de cinco horas após a barragem apresentar problemas. "A cada minuto que passa, a água está subindo mais", diz a lavradora Sirleide da Silva. "Muita gente perdeu os móveis"
      

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