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Confirmada, pela Vigilância sanitária, contaminação de açaí pela Doença de Chagas

1 de maio de 2019

/ by visao surubim
Segundo o site https://www.atividadesei.com:
A confirmação se deu após análise laboratorial 
do produto contaminado.

A Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas comprovaram a presença do parasita Trypanosoma cruzi na amostra de açaí consumida pela família que contraiu Doença de Chagas no município de Lábrea, que fica a 702 km de distância de Manaus. A confirmação se deu após análise laboratorial do produto contaminado.

Segundo a secretaria estadual de Saúde do Amazonas, esta é a primeira vez que é comprovada cientificamente a presença no alimento do protozoário causador da doença. Antes, os vestígios de que a fruta estava com o Trypanossoma se dava por meio de associação – casos que surgiam após o consumo do açaí contaminado.

De acordo com matéria divulgada pela rádio Nacional da Amazônia, a análise em laboratório só foi possível porque a equipe de vigilância em saúde conseguiu recuperar algumas amostras do produto que ainda estavam disponíveis junto ao fornecedor.

Até o momento, o governo amazonense confirma 10 casos da Doença de Chagas no estado. Todas foram contraídas por via oral, ou seja, por meio do alimento contaminado pelo barbeiro, que acaba sendo triturado junto com as frutinhas, ou pelas fezes do inseto.

A Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas informou que está reforçando as campanhas de conscientização dos produtores em relação às boas práticas de higiene na produção de alimentos com matéria-prima da floresta.                                                                                                                                    
Açaí contaminado com parasito pode transmitir doença de Chagas!

A suspeita, já levantada desde 2006, foi confirmada em 2010 por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

A pesquisa foi realizada a pedido do Ministério da Saúde, depois que, somente no ano de 2006, foram registrados 430 casos da doença no estado do Pará. "Entre os pacientes, o que havia em comum era o fato de as pessoas terem ingerido açaí em determinados pontos de venda", lembra o biólogo Luiz Augusto Corrêa Passos, um dos autores do estudo. "Já havia a associação da fruta à doença, mas os dados eram apenas epidemiológicos, sem comprovação científica", diz.

Passos explica que o açaí faz parte da base alimentar dos habitantes do Pará, onde desde crianças até idosos consomem a fruta diariamente. Bastante abundante na região, o alimento é encontrado em feiras e mercados em estado natural, sem passar pelo processo de industrialização que conserva o produto para venda em outras regiões do Brasil e no exterior.

O mal de Chagas é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que pode ser adquirida por meio do contato com as fezes do barbeiro, seja pela pele, seja via oral. Entre os principais sintomas estão febre, inchaço e problemas cardíacos, que, em estado mais avançado, levam o paciente à morte.
     
Testes realizados pelos pesquisadores, e publicados na revista Advances in Food and Nutrition Research, mostraram que o protozoário causador da doença de Chagas é capaz de sobreviver na polpa da fruta tanto em temperatura ambiente, como a 4°C, temperatura média de uma geladeira, e até a -20°C, no açaí congelado.

Higiene

O biólogo explica que não há motivos para descartar o consumo de açaí, já que não há relação direta entre a fruta e a doença. "A contaminação ocorre quando há falta de higiene", resume. O pesquisador explica que o açaí em geral é contaminado quando um barbeiro, inseto vetor da doença, ou as fezes dele se misturam à polpa durante o processamento. "Às vezes são os reservatórios utilizados na produção do vinho de açaí que estão contaminados", conta.

"Moradores da região Norte ou quem visita o estado devem procurar locais certificados pela Vigilância Sanitária", recomenda. No caso da polpa industrializada, o produto passa por um processo de lavagem e de pasteurização, o que elimina qualquer possibilidade de sobrevivência do Trypanosoma cruzi.

Fonte:http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/acai-pode-transmitir-doenca-chagas-558972

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