PACARAIMA - A fronteira do Brasil com a Venezuela virou território de tensão e medo. Com o fechamento da fronteira imposto na última quinta-feira pelo regime de Nicolás Maduro, imigrantes venezuelanos passaram a ser "caçados" em trilhas e estradas vicinais no limite da fronteira com o Brasil, na cidade de Pacaraima. Na manhã deste domingo, dezenas de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) vasculhavam, com armas de grosso calibre, trilhas abertas a menos de 300 metros do limite da fronteira com o Brasil, situação que, reservadamente, militares do Exército brasileiro tratam como "provocação".
Os militares venezuelanos enviaram um blindado para dar cobertura aos militares da GNB que bloqueiam a fronteira com os Brasil. O veículo está posicionado a cerca de 500 metros do marco que delimita a divisa entre os dos países, e chegou a ultrapassar a barreira formada pelos militares, por volta das 11h40. A manobra inflamou venezuelanos que se concentram do lado brasileiro da fronteira, e que desde o início da manhã deste domingo ateiam fogo em pneus e os lançam na direção dos agentes da GNB.
Com a fronteira fechada desde a quinta-feira, venezuelanos tentam chegar ao território brasileiro por meio de trilhas na mata e na pastagem de fazendas de gado. Donela Mateus, de 34 anos, precisou passar a noite embrenhada no mato com uma filha de 3 anos até chegar a Pacaraima. Nesta manhã, ela aguardava, na porta de um bar, o posto de fronteira abrir para pedir refúgio. A mãe e a criança dormiam num colchão improvisado.
Com a fronteira fechada desde a quinta-feira, venezuelanos tentam chegar ao território brasileiro por meio de trilhas na mata e na pastagem de fazendas de gado. Donela Mateus, de 34 anos, precisou passar a noite embrenhada no mato com uma filha de 3 anos até chegar a Pacaraima. Nesta manhã, ela aguardava, na porta de um bar, o posto de fronteira abrir para pedir refúgio. A mãe e a criança dormiam num colchão improvisado.
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