Ele foi atacado ao chegar ilegalmente a ilha onde vivem povo que rejeita contato externo na Índia
Imagem de arquivo de sentineleses na praia, vistos do mar, divulgada pela ONG Survival International — Foto: Christian Caron/Survival International/Creative Commons
Um missionário americano morreu após ser atingido por flechadas de um povo isolado em uma ilha do arquipélago indiano de Andaman e Nicobar — disseram fontes policiais locais à agência AFP, nesta quarta-feira (21).
John Chau, de 27 anos, foi abatido em 16 de novembro quando colocou o pé na ilha Sentinela do Norte, onde a tribo de caçadores coletores vive de forma autônoma. Oficialmente, é proibido visitar esta ilha do Mar de Andaman.
O americano foi à Índia com um visto de turista, mas chegou às ilhas Andaman e Nicobar em outubro com o propósito de evangelizar, disse Dependra Pathak, diretor-geral da polícia das ilhas, à rede americana CNN.
“Nós nos recusamos a chamá-lo de turista. Sim, ele veio com um visto de turista, mas veio com um propósito específico para pregar em uma ilha proibida”, disse Pathak.
Ele não informou a polícia de suas intenções de viajar para a ilha para tentar converter seus habitantes.
O americano pagou pescadores locais para que o levassem a Sentinela do Norte, onde vive esta tribo frequentemente descrita como a mais isolada do planeta e que rejeita qualquer contato com o mundo exterior.
Ele recebeu uma chuva de flechas quando desembarcou na ilha, declarou à AFP uma fonte policial que pediu anonimato.
Os pescadores “se assustaram e fugiram, mas retornaram no dia seguinte e encontraram seu corpo na praia”, acrescentou.
A polícia indiana abriu uma investigação por homicídio e deteve sete pescadores envolvidos no caso.
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